REPENSANDO A ESCOLA
Pensar a sociedade em que vivemos não nos faz melhores se não voltarmos nossos olhares para o passado, refletir sobre os costumes e ideias dos poderes que nos dominam desde quando éramos uma colônia e servíamos aos interesses da Metrópole que nos transformava em capital...somos ainda essa sociedade que serve às classes dominantes. O filme " Quanto Vale ou é por quilo?" nos faz perceber que o Brasil de hoje ainda explora e discrimina, pois vemos muitos seres humanos que ainda vivem à margem da sociedade que muitas vezes necessitam de ações que mais lembram "caridade" do que políticas que construam a real cidadania. Quando percebemos as estratégias políticas que muitas vezes sustentam a educação embasadas nessa necessidade de "se dar bem" a qualquer preço realmente vemos, o ser humano ainda escravo. A escola tem por dever transformar o ser humano através da sua liberdade de pensar, mas principalmente construir um homem digno, honesto e consciente de seu poder de transformação social. Realmente se sua liberdade não se faz em bases éticas o homem não é livre pois serve ao capital que o compra. Porém quais os caminhos para essa construção ética? Essa resposta precisa ser construída pela sociedade e penso que a melhor estrada é a educação que respeite as individualidades.
Realmente, quando refletimos sobre a questão que o texto nos traz "de que forma uma escola com pensamentos e atitudes modernas pode se estabelecer dentro de uma sociedade pós- moderna?" assusta- nos a realidade que vemos dentro de nossas salas de aula. Quantas vezes pensei estar diante de uma realidade "jesuítica" e isso se reflete principalmente na posição do professor que não reavalia sua prática, não admite ser questionado em sua metodologia e acha que o que deu certo durante vinte dará certo para sempre. Quando vemos professores que somente mudam os cadernos e as datas em seus diários de classe passando atividades de um caderno para outro durante décadas...pergunto: Isso é planejamento? Não! É cópia! E assim vamos copiando geração após geração e ainda queremos que a escola tenha sucesso. Como a colega afirma é urgente que os educadores repensem os métodos, o currículo, as abordagens, porque no mínimo devemos refletir que os tempos mudaram, as mentes mudaram e que o sistema já não pode mais dominar, até porque a todo momento percebemos que indivíduos se rebelam contra o sistema. E também penso da mesma forma...o caminho vamos descobrindo...não há receitas prontas para a educação e nem pode haver pois ela não é uma coisa extática. As estradas precisamos construir mas para isso tem que se refletir, ser humilde, entender que somos aprendizes e que no espaço da escola deve haver espaço para o diálogo e a compreensão que deve mediar as relações sociais
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