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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

ESPAÇO E FORMA

                             SOBRE ESPAÇO E FORMA
    Como tenho uma turminha de primeiro ano na periferia, muitas das minhas crianças não freqüentaram a Educação Infantil. Por isso avalio bem a importância de planejar atividades que possam ajudar as crianças a desenvolver habilidades necessárias ao desenvolvimento da aprendizagem como um todo. No início do trabalho do ano letivo, procuro desenvolver noções de lateralidade, percepção espacial e corporeidade, através de jogos que utilizem muito o corpo. Por exemplo: jogos com bola, jogos com sucata,  jogos cooperativos, de pega-pega, amarelinha, ciranda de roda e propicio às crianças muitos momentos em que possam manipular objetos, brincar com as formas, etc, por saber que é importante para a criança poder vivenciar o concreto e o lúdico. Antes de começar os traçados das letras fazemos muitas atividades traçando as letras no chão com giz, com cordas e com massinha de modelar, para só então partir para a escrita das letras e do nome próprio no caderno. Trabalho sempre com montagem e desmontagem  de caixas e caixinhas para que possam visualizar as formas. Quando vou introduzir Geometria, trago materiais que lembram as formas como caixas, bolas e pirâmides para as crianças manipularem. Proponho que retirem de uma grande caixa, com os olhos vendados, os objetos e tentem adivinhar do que se trata. Os colegas podem ajudar com dicas como é redondo, tem pontas, tem lados e o colega vendado pode passar a mão pelo objeto até identificá-lo. São momentos que considerava importante para o desenvolvimento de atividades posteriores na alfabetização, mas após a leitura dos textos percebi que são essenciais para apropriação de certos conceitos e construção de muitas habilidades necessárias para a percepção da Geometria e que irão impactar sua aprendizagem ao longo das aprendizagens se não forem devidamente trabalhadas pelo professor nos anos iniciais.
    Para Piaget, a criança constrói seu aprendizado em interação com o meio e a partir de sua compreensão e percepção no contato real com os objetos para depois poder representá-los no imaginário.
         

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