Segundo a leitura do texto
“A MAQUINARIA ESCOLAR”de Julia varela e Fernando Alvarez-Uria, pude perceber que a escola primária , como
instituição obrigatória para as crianças das classes populares é relativamente
recente. Como essa instituição nem sempre existiu torna-se necessário refletir
sobre suas condições de existência ao longo da história. Essa instituição
considerada como maquinaria de governo da infância foi sendo construída ao
longo do tempo, obedecendo às instâncias das classes dominantes.
Na época jesuítica a escola era a maneira de se colocar nas
mentes os fundamentos cristãos e as manobras pensadas para um melhor domínio
sobre os povos conquistados e sua submissão ao poder real.Quando se pensa na
escola como instituição foi uma considerável mudança em seus parâmetros,
considerada como maquinaria de transformação moral e obediência cristã à Igreja
e ao Rei.
A maquinaria escolar irá aos poucos tentar transformar o que
chama de tábula rasa, ao referir-se aos alunos iniciantes, em um indivíduo ao
sistema. Mas se ele não se encaixa a culpa é só dele que é inapto e isso é
deixado bem claro quando se criou para esses alunos as escolas especiais.
A institucionalização da escola se dá como uma forma de
controlar, através da educação as mentes oriundas das classes populares com
seus vícios e desejos de insubmissão. Com o objetivo de “civilizar” as classes operárias
tornando-as dóceis e submissas a igreja,
ao rei e ao sistema, colocando nesse processo
o nome de “ direito á educação” e que nada mais foi do que um conjunto
de regras para melhor “domesticar” e o professor ,nesse processo é o detentor
do conhecimento.
Quando reflito sobre esses dois textos, penso que a escola é
uma obra inacabada. Como instituição ainda não cumpriu seu papel na educação e
como veículo de domínio das massas é ultrapassada.
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