Nós educadores fomos treinados a elaborar Projetos
de Ensino e não Projetos de
Aprendizagem. Confesso que tive ímpetos de colocar no lixo todos os lindos projetos
que já trabalhei ao longo da minha carreira como docente, porque em nenhum momento
esses projetos, apesar de bonitos, bem elaborados e aceitos pela turma, foram
de encontro a real curiosidade dos alunos. Eles não nasceram das dúvidas. Nasceram
das minhas certezas. Em nenhum momento foi ouvido o aluno, o que ele gostaria
de aprender, Meus Projetos eram elaborados a partir das necessidades do
Currículo, dos Temas Transversais e das exigências da comunidade escolar,
conforme explica:
Destas
discussões, emergiram algumas certezas atuais. Uma delas é a de que a metodologia
que nós professores adotamos com nossos alunos revela a forma como
compreendemos consciente ou inconscientemente o processo de aprendizagem.
(MAGDALENA e COSTA, 2003).
Segundo as referidas autoras, devemos refletir
sempre sobre os nossos papéis enquanto educadores inseridos num contexto atual
de tempo e espaço específicos. Ao estudar sobre os Projetos de Aprendizagem
pude perceber a diferença e o quanto erramos, nós educadores, por
desconhecimento pedagógico. Esse talvez seja meu maior aprendizado nesse
semestre ou pelo menos o que mais me impactou como professora. Será que ouvi as
dúvidas dos meus alunos? Suas vontades de aprender? O que eles realmente querem
aprender? Quais as suas curiosidades? Hoje vejo que um projeto deve partir das
perguntas, dos porquês que muitas vezes os alunos têm vergonha de verbalizar.
Assim aprendi que o professor deve ter uma escuta delicada, deve ler nas entrelinhas
do que seus alunos escrevem a fim de identificar suas necessidades de aprendizagem.
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