Marcadores

sábado, 16 de fevereiro de 2019



O TEMPO

O TEMPO PARA O PROFESSOR NA ATUALIDADE
Para o professor na atualidade, o tempo de sala de aula deixa de ser aquele tempo de cumprir com as obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária? Sim ou não? Por quê?  

 Sim. Em muitos casos o professor na atualidade continua sendo ainda aquele que corre com o tempo para administrar conteúdos e mais conteúdos que precisam ser cumpridos dentro de uma carga horária específica e de um ano letivo que corresponda a 200 dias letivos. Então é uma corrida contra o tempo. Porque de acordo com o texto lido “somos conteúdistas, privilegiamos o conhecimento técnico-científico desvinculado do real...”Não levamos em conta, muitas vezes, que a própria comunidade onde estamos inseridos é uma sala de aula, pois o aprendizado não se dá somente nos espaços escolares. Vivemos inseridos em uma cultura que nos ensina, dela somos aprendizes e nos dá a verdadeira formação para a vida. A sala de aula é simplesmente o local de encontro dessas culturas individualizadas que interagem tanto entre si. Dessa forma o aprendizado precisa ultrapassar o tempo e o espaço da escola. Principalmente na atualidade, onde vivemos inseridos em um mundo totalmente conectado e estamos em contato mesmo fora do ambiente da escola e sendo assim, o professor tem contato em redes sociais com as famílias, com os colegas e com os próprios alunos que muitas vezes nos chamam para algum esclarecimento ou para algum diálogo sobre determinado texto lido e compartilhado, proporcionando dessa forma um momento de aprendizado fora do contexto escola como espaço físico e sim virtual.


http://lavitamiajoaozinho.blogspot.com/2016/
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

É difícil dar uma resposta. Não existe transferência de modelos, ou transferência de estratégias de resposta. Estratégias e modelos precisam ser construídos ou então desconstruídos com vistas a serem reapropriados, reconstruídos, segundo formas próprias, regionais. Ao mesmo tempo, a Educação e a Escola encontram-se impregnadas de tecnologia, as tecnologias são uma realidade no nosso cotidiano e no cotidiano de alunos, professores e funcionários das escolas. Pois também a Escola é parte integrante da cultura, da sociedade em que está inserida, e o que se passa por dentro da última faz marcas na primeira, independente do fato de ela aceitar ou resistir, ou combater, ou se render a determinado estado de coisas - neste sentido aceitar, resistir, combater, incluir, excluir, são marcas que se equivalem, na revelação de um pertencimento a uma cultura, a uma sociedade. ( AXT, 2002, p. 37).
 Quando me foi proposta uma releitura de minhas postagens antigas, pelo Seminário Integrador, detive-me sobre essa postagem de 2016, que coloquei acima, relacionando-a com os estudos e leituras da Interdisciplina da professora Cíntia, Cultura Digital e Mídias Móveis na Educação, onde não pude deixar de refletir sobre as relações construídas na prática pedagógica e que fatalmente acabam nos conectando fora dos espaços escolares. Sobre isso não há o que debater, não há como se furtar a essas relações, mas o que vemos hoje é que o ambiente da sala de aula já é um ambiente estendido ao virtual, pois muitas vezes nos comunicamos com nossos alunos, passando tarefas ou mesmo retirando dúvidas através de email ou dos chats, proporcionados pelas redes sociais. Para mim isso é muito natural, pois me comunico muito com meus alunos de quinto ano e temos um grupo da turma, que se tornou como um espaço virtual de nossa sala de aula, ao qual utilizo gravando áudios e até vídeos, explicando o que ficou pendente do conteúdo ou orientando tarefas de casa, de forma informal, porém didática porque faz parte de nossa relação didática. Extrapolamos a sala de aula e isso é uma realidade da Escola frente às tecnologias. Informalmente ou intencionalmente essa relação se mostra evidente na atualidade e o professor precisa refletir sobre essa relação.
   

REFERÊNCIAS:
AXT, Margarete. A Escola frente ás tecnologias- pensando a concepção ético-política. Caderno Temático SMED :Multimeios e Informática Educativa, porto Alegre, p.35,38, 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário