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domingo, 17 de fevereiro de 2019

REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE SALA DE AULA INVERTIDA

                                                        

POSTAGEM DE JUNHO DE 2018
                                 

PLANEJAMENTO, AUTONOMIA E CRIATIVIDADE

                              “O menininho”
Helen Buckley

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola... 


Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...


Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...
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REVENDO ESSA POSTAGEM NÃO PUDE DEIXAR DE REFLETIR SOBRE ESSA QUESTÃO:
Hoje temos os menininhos com smartphones nas mãos ...e o que faremos para que nossas aulas possam se tornar interessantes para esses menininhos? Como ajudá-los a descobrir seus potenciais sem fugir de seu contexto de vida? Como fazer frente às tecnologias sem deixar de descortinar caminhos criativos? Para essa reflexão trouxe um texto que escrevi na Interdisciplina Cultura Digital e Mídias Móveis na Educação da professora Cíntia Boll:


   “Aula invertida”

    No vídeo, o que é discutido sobre a importância da “aula invertida” é a questão da aprendizagem efetiva do aluno, a otimização do tempo do professor e o desenvolvimento de competências que somente essa metodologia pode dar aos alunos, como a questão de que o conceito   de sala de aula muda quando se pensa no papel do professor na atualidade. Repensando esse papel, questionando a sua atuação como docente, foi que se chegou ao que se chama de sala de aula invertida. Esse método, no meu entendimento otimiza a tempo do professore, ao mesmo tempo que possibilita aos alunos terem um conhecimento prévio daquilo que será tratado em sala de aula. O que considerei interessante e positivo é que nas três etapas que os professores do vídeo citam, há uma pré - aula, onde o aluno pode acessar o material enviado referente ao estudo, que pode ser um vídeo ou um texto disponibilizado pelo professor, há a etapa posterior onde o professor em poucos minutos pode avaliar o conhecimento dos alunos através de um teste pequeno sobre o material enviado. Isso pode levar a uma terceira etapa muito mais consistente, em que o professor parte diretamente para os estudos de caso. Isso torna o aluno muito mais dinâmico, proativo e protagonista de sua aprendizagem. “A sala de aula não é um palco do professor. O professor é um articulador”
    A escola já precisa ir trabalhando com o aluno essa metodologia ativa da sala de aula invertida pois o aluno irá desenvolvendo autonomia, disciplina que ao chegar nos cursos superiores já terá essas competências chamadas transversais, somente desenvolvidas com uma metodologia de ensino em que o aluno não seja um ser passivo, mas sim um protagonista. Exemplo desse protagonismo no meu entendimento seria o desenvolvimento de competências como proatividade, autonomia e disciplina, bem como o aluno buscar aprender através de contatos com os colegas, em grupos de estudos, chats, fóruns, etc., o que lhe faria também responsáveis pelo próprio conhecimento. No vídeo foram trazidos exemplos de uso da tecnologia móvel em turma, onde todos responderiam aos testes e o professor em minutos poderia ter um feedback do aprendizado da turma, mas penso que poderíamos também utilizar as tecnologias para através das redes criar chat de conversas entre os alunos, para resolução de estudos de casos.

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