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domingo, 17 de fevereiro de 2019

PAULO FREIRE




                                                    À SOMBRA DE UMA MANGUEIRA

     Neste texto, Paulo freire enfatiza a relação dialógica como uma prática fundamentada na curiosidade. A curiosidade, a vontade de conhecer, de se relacionar com o objeto a ser conhecido e aprendido é inerente a vida e ao que está vivo. Ele se pergunta o que será o futuro em termos de interação social e na busca permanente do ser em construção, o sujeito histórico. O autor coloca que o ser inacabado se faz naturalmente um ser educável, porém precisa para isso ter consciência de ser inacabado enquanto processo e a curiosidade é o que o desafia a ser, a buscar, a compreender para explicar. Para Paulo Freire, somos seres questionadores por natureza e a nossa pergunta não pode ser calada por uma prática educativa castradora e que não permita ao aluno se manifestar. Que a prática pedagógica permita a pergunta, que o teórico possa se construir a partir do concreto no fazer científico. O autor ressalta que o espaço escolar e o projeto educativo sério, precisam ser pautados pelas perguntas, pelo envolvimento questionador do educando. Que através da observação, da investigação e da busca para se apropriar do objeto do conhecimento, o aluno se sinta como sujeito construtor e não manipulado pelo sistema. O papel do educador, reflete Paulo Freire é despertar a criticidade, a capacidade de pensar, de argumentar e não de tornar o aluno um ser instrumentalizado para obedecer às classes dominantes. Suas inquietações e indagações, também refletem sobre a necessidade de se valorizar o professor, enquanto profissional, com dignos salários e que possa se capacitar para que só então possa se lhe cobrar mais eficácia e eficiência.

DEZEMBRO DE 2017

https://lavitamiajoaozinho.blogspot.com/2017/
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    Educador reconhecido e detentor de grandes premiações no mundo inteiro, Paulo Freire nos dá a exata concepção do que deve ser um projeto de ensino. O mestre nos ensina a partir das indagações e das realidades inseridas nas nossas salas de aula. Não há como se ter uma receita pronta do que seria o fazer pedagógico pois esse fazer se constrói através das pessoas que estão dentro da minha sala de aula, suas vidas, suas histórias e suas vivências lhes ensinarão sobre suas inquietações e seus aprendizados guardados em bagagens onde a curiosidade do outro vai visitar. Somos todos aprendizes dentro de uma sala de aula. O professor é simplesmente o mediador que vai ajudar a direcionar as perguntas com quem tem as respostas. Não há como falar em aprendizagem sem levar em consideração as relações construídas no espaço escolar e fora dele, nas comunidades onde vivem os alunos e todos que participam da Escola. No Eixo VIII tive uma interdisciplina com a professora Cíntia - Educação a Distância e Ambientes de Aprendizagem, onde nos foi solicitado que colaborássemos na produção de uma WIKI. Assistimos o vídeo proposto pela professora e fizemos a leitura de um texto muito elucidativo e que me fez recordar essa postagem sobre o texto de Paulo Freire. Destaco um pequeno trecho em que me fez refletir sobre as concepções de aprendizagem que trazemos e que são centradas na transmissão de conhecimentos, onde o aluno é ouvinte passsivo, e o quanto isso está distante da realidade, conforme o autor, podemos concluir que o aluno está repleto de "palavras e contextos" :

"Eu creio no poder das palavras, na força das palavras, creio que fazemos coisas com as palavras e, também, que as palavras fazem coisas conosco. As palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. E pensar não é somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado algumas vezes, mas é sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece" . ( TRECHO DO TEXTO: Notas sobre a experiência e o saber  de experiência de Jorge Larrosa Bondía,  Universidade de Barcelona, Espanha Tradução de João Wanderley Geraldi Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Lingüística).

Disponível em:


http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf

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