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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019



O LUGAR DA ESCOLA E SEU FAZER PEDAGÓGICO

                     UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL- UFRGS
                     ESCOLA CULTURA E SOCIEDADE
                     PROF. CARMEM  MACHADO / TUTORA: LUCIANE MACHADO
                     ALUNA: DÉBORA TEREZINHA DA SILVA

 O LUGAR DA ESCOLA NA COMUNIDADE E QUE ELEMENTOS DA CULTURA LOCAL CONTRIBUEM PARA O FAZER DA ESCOLA.

       Como professora atuante em uma escola pública e ao mesmo tempo estudante de Pedagogia ,refletir sobre o lugar da escola e seu fazer na atualidade, me faz mergulhar  em constantes questionamentos...minha prática corresponde ao que meu aluno precisa para se construir cidadão? O que ainda trago em mim dos modelos arcaicos de fazer pedagógico e que ajuda a perpetuar a exclusão e a relação de domínio e subordinação que caracterizam as relações de classes no mundo?
      O educador traz em si a capacidade de levar um sujeito a ser capaz de se construir como cidadão exercendo o poder de reconhecer seus direitos, cumprir com seus deveres éticos e sociais dentro da comunidade a qual pertence, respeitando seus valores e fazendo desses valores sua alavanca de construção. Quando um ser é destituído de seus elementos culturais ele se sujeita aos elementos que lhe são impostos e que não fazem parte do que lhe é familiar...ele passa a aprender que tudo aquilo que considerava sua riqueza não vale nada e então perde sua identidade...tenta assumir uma identidade que não lhe pertence e que o faz se sentir fora de seu porto seguro.
      A importância da escola se dá principalmente na formação do ser que se constói...é fundamental que a prática pedagógica proporcione ao aluno a sua formação integral como ser humano e social, pertencente a uma comunidade com suas características próprias que são fruto de sua cultura  e que não se devem permitir escravizar ou sujeitar- se a desigualdade e discriminação em uma sociedade excludente e que não leva em conta as questões multiculturais que  deveriam ser parte efetiva do currículo escolar.
     É interessante notar que nas salas de aula muitas vezes se repete um padrão sem pensar...quantas vezes os professores trabalham determinados conteúdos que julgam ser necessários sem se perguntarem para que serve ensinar isso ou aquilo...pensa- se que está educando mas está simplesmente passando conhecimentos que na maioria das vezes não fazem sentido no cotidiano de uma comunidade...não acrescenta e não edifica...mas enfraquece essa comunidade que se marginaliza e é silenciada ou assume padrões de comportamento inadequados e que os faz desistir de seus direitos. O currículo escolar pensado de forma multicultural dá voz às comunidades e faz da educação uma porta para a igualdade dentro da pluralidade.
Revisitando as postagens iniciais do meu blog, nessa postagem de 30 de abril de 2015,  percebo que meu pensamento acompanhou as mudanças que se processaram nas comunidades, bem como na própria institição escolar, porém muito ainda temos que caminhar para que nossas escolas se tornem espaços de cultura digital aliados a prática pedagógica. Nesse sentido, apresento minha opinião no forum da turma após a leitura indicada pela professora.
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Como podemos pensar a relação pedagógica que emerge nestes tempos de cultura digital, considerando especificamente a tecnologia móvel?




A tecnologia móvel tornou -se presente nos meios escolares como consequência de sua inserção na sociedade. A Escola  sempre vai refletir os acontecimentos sociais, pois ela é fruto disso. Muitos professores lutam contra o novo. Devemos refletir que nosso dia a dia é movido pelas tecnologias e que elas se tornaram uma ferramenta de ação no mundo. O aluno desse século é um nativo digital e todos os indivíduos que fazem parte do cotidiano escolar fazem uso das tecnologias, o que caracteriza até uma postura cínica a de lutar contra uma ferramenta que se utiliza a todo momento. Sendo assim, como trazer esse aluno para práticas impregnadas de conteúdos, cópias repetitivas e sem atrativos, que despertem o seu desejo pela aprendizagem? De acordo com o parágrafo a seguir, destacado do texto de AXT (2002, p.37):
É difícil dar uma resposta. Não existe transferência de modelos, ou transferência de estratégias de resposta. Estratégias e modelos precisam ser construídos ou então desconstruídos com vistas a serem reapropriados, reconstruídos, segundo formas próprias, regionais. Ao mesmo tempo, a Educação e a Escola encontram-se impregnadas de tecnologia, as tecnologias são uma realidade no nosso cotidiano e no cotidiano de alunos, professores e funcionários das escolas. Pois também a Escola é parte integrante da cultura, da sociedade em que está inserida, e o que se passa por dentro da última faz marcas na primeira, independente do fato de ela aceitar ou resistir, ou combater, ou se render a determinado estado de coisas - neste sentido aceitar, resistir, combater, incluir, excluir, são marcas que se equivalem, na revelação de um pertencimento a uma cultura, a uma sociedade.( AXT, 2002, P.37)


REFERÊNCIAS:
AXT, Margarete. A Escola frente ás tecnologias- pensando a concepção ético-política. Caderno Temático SMED :Multimeios e Informática Educativa, porto Alegre, p.35,38, 2002.

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