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sábado, 2 de dezembro de 2017

TRABALHANDO A LITERATURA COM O PRIMEIRO ANO


HORA DO CONTO COM O PRIMEIRO ANO
BRUNA E A GALINHA D'ANGOLA




Gosto muito de trabalhar com esse livro para demonstrar o valor da ancestralidade, o respeito aos mais velhos e a diversidade cultural. Nesse dia propus que após a história contada pela professora, todos fizessem a Conquém para ter uma amiguinha com quem brincar. o diferencial é que as galinhas foram feitas a partir das mãozinhas dos alunos e colocadas no palito para que usassem como fantoches para recontar a história aos seus familiares .                                                                                                                         




MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA





                                                                                                                  
HORA DO CONTO COM FANTOCHES E AVENTAL

Durante esse trabalho que foi muito gratificante ver as crianças interagindo com os personagens e recontando a história, para exaltar a beleza da menina tive uma grata satisfação: minha aluninha que tem diagnóstico de autismo se interessou pelos personagens interagindo com os mesmos e os colegas.

TEXTO DE EDGAR MORIN

     
                              "AS CEGUEIRAS DO CONHECIMENTO, O ERRO E A ILUSÃO

    Em seu texto, Edgar Morin coloca que o conhecimento traz em si o risco do erro e da ilusão. Mesmo dentro do conhecimento o pré- concebido pode se instalar. Há o senso comum sobre o mundo e a realidade e o conhecimento é  sempre uma tradução de quem aprende.E essa maneira de traduzir o conhecimento pode ser permeada de erros ou de acertos. Um conhecimento científico precisa passar pela prova do tempo, porque novos conhecimento mais recentes podem por por terra os conhecimentos anteriores e tudo vai se reconstruindo através de novos conhecimentos. O que era aceito como verdade em outra época, já não o é na atualidade. E errar pode ser um caminho para o aprendizado porque o erro mostra o que precisa ser compreendido. Um dos erros do conhecimento é pensar que tudo já vem pronto, engessado e que só lhe é permitido ser passado a outro. Essa ilusão talvez seja a culpada por muitos professores se considerarem mestres do saber e sufocarem a curiosidade em seus alunos. A aquisição do conhecimento passa por essa ânsia de aprender, pela emoção de perguntar e descobrir, pela afetividade que traz a confiança e a possibilidade de aprender construindo e desconstruindo hipóteses.

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POSTAGEM DO MOODLE REVISITADA EM 03/12/2017


SÍNTESE SOBRE O TEXTO DE PAULO FREIRE



INTERDISCIPLINA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
ALUNA: DÉBORA TEREZINHA DA SILVA
TURMA C
EIXO VI
PROFESSORA: ROSARIA LANZIOTTI MORAES
                                                
                                                   À SOMBRA DE UMA MANGUEIRA



    Neste texto, Paulo freire enfatiza a relação dialógica como uma prática fundamentada na curiosidade. A curiosidade, a vontade de conhecer, de se relacionar com o objeto a ser conhecido e aprendido é inerente a vida e ao que está vivo. Ele se pergunta o que será o futuro em termos de interação social e na busca permanente do ser em construção, o sujeito histórico. O autor coloca que o ser inacabado se faz naturalmente um ser educável, porém precisa para isso ter consciência de ser inacabado enquanto processo e a curiosidade é o que o desafia a ser, a buscar, a compreender para explicar. Para Paulo Freire, somos seres questionadores por natureza e a nossa pergunta não pode ser calada por uma prática educativa castradora e que não permita ao aluno se manifestar. Que a prática pedagógica permita a pergunta, que o teórico possa se construir a partir do concreto no fazer científico. O autor ressalta que o espaço escolar e o projeto educativo sério, precisam ser pautados pelas perguntas, pelo envolvimento questionador do educando. Que através da observação, da investigação e da busca para se apropriar do objeto do conhecimento, o aluno se sinta como sujeito construtor e não manipulado pelo sistema. O papel do educador, reflete Paulo Freire é despertar a criticidade, a capacidade de pensar, de argumentar e não de tornar o aluno um ser instrumentalizado para obedecer às classes dominantes. Suas inquietações e indagações, também refletem sobre a necessidade de se valorizar o professor, enquanto profissional, com dignos salários e que possa se capacitar para que só então possa se lhe cobrar mais eficácia e eficiência.

TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO



 

   
 "RITUAIS DA ESCOLA FUNCIONAM COMO UMA ORGANIZAÇÃO INTERNA PARA ESSE ALUNO"
  
  O aluno com TGD, se beneficia muito com a inclusão em classe regular. Não podemos pensar que esse aluno, ao ser inserido na escola, não aprenderá matemática ou português como a sua turma. Para esse aluno é essencial um trabalho globalizado, desde o início. Com estratégias que o auxiliem e o preparem para a alfabetização, com todas as adequações que se possa fazer para auxiliar os alunos em sua aprendizagem, de forma lúdica e com recursos que o auxiliem a manter a atenção. Através da interação com o outro o aluno desenvolve habilidades sociais e cognitivas importantes para o seu desenvolvimento. A rotina, os combinados de turma e as regras escolares são um aprendizado para o aluno com TGD. Em minha turma de primeiro ano, tenho duas meninas com diagnóstico de autismo. Elas provocam mudanças em meu planejamento o tempo todo , pois nada pode ser determinado, mas tudo pode ser determinante para uma aprendizagem significativa. Muitas vezes, elas não aceitam o que planejei, porém, ofereço outras opções e logo posso ver, uma recortando ou pintando com tinta, demonstrando sua criatividade e a outra pegando os livros do Cantinho da Leitura, fingindo estar lendo para a turma e eu percebo o quanto cresceram nesse ano, o quanto interagem com a turma. E isso é aprendizagem. Expressão artística, oralidade e psicomotricidade estão sendo desenvolvidas ali, mesmo que eu tenha que mudar minhas estratégias e meu planejamento. A minha sala de aula se beneficia com as diferenças.

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POSTAGEM DO MOODLE REVISITADA EM: 03/12/2017

SUJEITOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

QUEM SÃO OS SUJEITOS DA EDUCAÇÃO COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS?

        As divisões, para fins de estudo, dos alunos que estudam em classes regulares, mas são atendidos pela Educação Especial, me proporcionaram ver mais claramente quem são esses estudantes, porque muitas vezes rotulamos a todos com um mesmo rótulo, sem discernir e distinguir cada especificidade. São divididos assim: 
        - sujeitos com deficiência
        - sujeitos com transtorno global do desenvolvimento ( TGD)
        - sujeitos com altas habilidades / superdotação
    Os alunos com deficiências podem se dividir em deficiência física, sensorial, intelectual e múltiplas
    A Interdisciplina traz uma importante questão para reflexão: Quem são esses sujeitos? Importante porque para incluir, precisamos conhecer o aluno e suas especificidades. Já tive a oportunidade de ter em minha turma de primeiro, há alguns anos atrás, um aluno com altas habilidades, que sabia ler aos cinco anos de idade, mas que foi considerado deficiente por uma professora no segundo e que o reprovou porque " não copiava". Por isso acho muito importante que os professores conheçam seus alunos, não rotulem e observem o cotidiano desse aluno, sua conduta na turma, sua interação com os colegas e que ele seja avaliado de forma global e individual, porém em todos os aspectos de sua aprendizagem.
    O vídeo da médica Izabel Maior nos faz compreender o quanto o diferente, pode ser considerado patológico em nossa sociedade. Será que as escolas e os professores estão preparados para acolher o diferente? Para , apesar das deficiências, proporcionar ao sujeito que as possui a oportunidade de se desenvolver de forma positiva e autônoma? são questionamentos para os quais o cotidiano escolar precisa encontrar as respostas.

INCLUSÃO

ANALISANDO O VÍDEO : A Política Nacional para a Educação Inclusiva: Avanços e Desafios

      A frase " Uma boa escola não é aquela que tem um ensino diferenciado, é aquela que ensina para todos" que me chamou a atenção no vídeo proposto pela Interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais Especiais, a princípio chocou- me porque se eu pensar que minha escola deve ensinar para todos por que muitas vezes não conseguimos ensinar? Por que tantas colegas e eu mesma já fiz um planejamento diferenciado, com " um outro olhar", para meu aluno com laudo? E agora alguém me diz: " Nada de currículo adaptado, nada de avaliação adaptada!  Porém, apesar do choque inicial, percebo que eu sempre quis trabalhar dessa forma porque achava que o tal currículo diferenciado não fazia meu aluno aprender, nem lhe proporcionava algum desenvolvimento, pois muitas vezes as tarefas se repetiam exaustivamente da mesma forma enfadonha. Lembrei de uma aluna de inclusão, com laudo de deficiência intelectual leve, que tive em uma turma de quarto ano, há alguns anos atrás, que não se enquadrou em uma turma de Aceleração, pelo Programa Acelera Brasil, do Instituto Ayrton Senna porque para essa classe não se admitia alunos com laudo, mas sim com  histórico de reprovações. Pois bem, resolvi auxiliar essa aluna de uma forma diferente porque ela já tinha passado por muitos e muitos exercícios de cópias e famílias silábicas sem ter obtido um bom resultado, então comecei a trabalhar com grupos de leitura e escrita na turma e sempre a colocava junto de colegas mais desenvolvidos nesse quesito para que a auxiliassem e em todos os trabalhos que tinha ela sempre participava ativamente no grupo, se esforçava para acompanhar as leituras e as meninas da classe a ajudavam muito. Parece que as crianças tem uma maneira peculiar de se entenderem porque essa menina não só começou a desenvolver a leitura, mas levantou sua auto estima pois era exímia desenhista e era ela que fazia os desenhos para a turma, quando precisavam apresentar cartazes. Claro que ela ainda precisava de muito auxílio para desenvolver sua competência leitora, porém ela acompanhou muito bem a turma nos anos seguintes, completando sua alfabetização.Esse caso, que recordei, enquadrou-se bem no que os professores afirmavam no vídeo sobre o que é a Educação Inclusiva.



ANÁLISE DE VÍDEO



                      Jean Piaget: Aprendizagem e Conhecimento Escolar: Fernando Becker

    O professor propõe que se faça uma análise de duas obras de Jean Piaget : "Aprendizagem e Conhecimento " de 1959 e " Desenvolvimento da Aprendizagem" de 1967. Para ele a verdadeira aprendizagem é aquela que desacomoda e faz construir, promovendo o desenvolvimento e não aquela que promove a repetição de aprendizagens já elaboradas. Propõe compreender o pensamento do mestre Piaget de que o desenvolvimento de estruturas de assimilação possibilitam a aprendizagem e a ação a concretiza. Explica que "estádio é o tempo em que acontecem coisas importantes", diferente de "estágio", que se faz quando se quer alcançar um objetivo. Ele ressalta que se deve respeitar o tempo da criança, sem acelerar o estímulo- resposta, que se dará através da assimilação e da interação com o meio. Sendo assim, o objetivo da escola deve ser o de aumentar a capacidade de aprender, através da investigação e da interação. Aumentando essa capacidade de aprender transforma-se o mundo e a si mesmo, no dizer do professor Becker.




    

APRENDIZAGEM E CONHECIMENTO ESCOLAR

                           
                                     Sobre o vídeo do professor argentino, José Antonio Castorina

    O professor reflete sobre o conhecimento escolar ser objeto de estudo e pesquisa da Psicologia Genética, analisando que a prática didática e os processos de aprendizagem precisam ser alvo de pesquisas, tal como o é a aprendizagem antes de chegar nos espaços escolares. Como essa criança atinge o conhecimento? Quais os processos e sinapses que acontecem em seu íntimo que são ferramentas para solucionar os problemas apresentados e o quanto isso é importante de ser objeto de estudo, não só no momento que antecede a escolarização, mas também que nesse período se possam continuar investigando e pesquisando como esses processos vão se formando ao longo da vida escolar da criança. E muito importante, é que no dizer do professor, os alunos devem ser observados, não só nos momentos em que estão solucionando os problemas apresentados pelo professor, mas também nos momentos em que formulam seus próprios problemas e indagações.



SOBRE APRENDIZAGEM

                         
                             A SALA DE AULA, UM LABORATÓRIO DE APRENDIZAGENS

    Maravilhoso o vídeo do professor Fernando Becker: Escola, mais laboratório e menos auditório. O professor faz um alerta aos educadores para que não se coloquem como a figura central em suas aulas, que não sejam aqueles que estão em um auditório recebendo a atenção dos expectadores, mas que sejam transformadores, que promovam a curiosidade em seus alunos, para que estes, incentivados, questionem e se transformem em pesquisadores. Ele nos lembra a função ideal da sala de aula. Ela é um ambiente de aprendizagens. Sendo de aprendizagem, deve ser como um laboratório, onde há a pesquisa, a indagação, a curiosidade pelas descobertas.Um laboratório constrói e desconstrói teorias e hipóteses. A sala de aula deve ser um espaço de inventar e reinventar o conhecimento, porque o aprendizado não é uma coisa estanque e engessada e se assim for tornará o ato de aprender um cenário de falas decoradas. Aprender é muito diferente de copiar e repetir lições que fazem do estudante um mero expectador de um auditório chamado escola. Descobrir e experimentar fazem do estudante autor da própria história, torna o  ato de aprender saboroso motivador.e por isso nossas aulas devem despertar no aluno a vontade de aprender, instigar a sua curiosidade e para isso temos que criar situações de aprendizado onde ele possa interagir, com o meio e com materiais que possibilitem uma construção real de aprendizagem.




SOBRE OS MITOS DA INCLUSÃO



MITOS, PRECONCEITOS E MECANISMOS DE DEFESA SOBRE A INCLUSÃO


Os professores de escola pública, entre os quais me incluo, têm alguns mitos, que trazemos para o nosso trabalho em sala de aula, sobre as pessoas com deficiência e que muitas vezes ajudamos a propagar em nosso trabalho diário e que prejudicam a verdadeira inclusão, no meu entendimento. São situações que muitas vezes sem perceber, passamos adiante. Quando nos referimos a um aluno com condição diferente dos demais, seja por alguma deficiência física ou cognitiva como “coitadinho”, “incapaz” e que não consegue realizar atividades por causa de sua condição, mesmo que ele tenha plena capacidade de executar. Outra condição que me chama a atenção é a maneira como muitos de nós, professores nos referimos muitas vezes aos alunos com síndrme de down, como coloca a autora, “ a meiguice personificada”, enquanto que nem sempre é assim. Eu tinha em mente esse estereótipo até que recebi um aluno com down, cuja personalidade era agressiva e costumava falar muitos palavrões. Quando eu o recebi, notei que falava com ele, como se ele fosse uma criança pequena e como ele gostava muito de abraços não percebi que estava se aproveitando para “namorar” as coleguinhas. Quando comecei a receber reclamações sobre essa sua atitude de querer beijar as meninas, foi que me dei conta de sua condição de adolescente, mesmo estando na turma do primeiro ano. Os colegas tinham em torno de 6 anos e ele tinha 11 anos. Percebi que eu estava sendo ingênua. E isso é um dos mitos que trazemos conosco. Além disso, trazemos muitos preconceitos em relação a essas pessoas. Que desenvolvemos muitas vezes sem perceber e quando passamos pela situação e refletimos sobre ela é que nos damos conta disso. Um preconceito que considero muito comum em nossa prática é achar que toda pessoa surda é muda, ou vice- versa. Outro preconceito que é muito comum é considerar um aluno com paralisia cerebral como incapaz de aprender e que todos nessa condição tem as mesmas limitações. Há muitas diferenças entre essas crianças e muitas vezes a rotulamos, unicamente como deficiência mental, sem procurar refletir e planejar unicamente para aquela criança específica que está conosco e que através de avaliações diagnósticas poderemos perceber muitas habilidades.Os mecanismos de defesa que usamos muitas vezes se refletem na nossa fala, tentando atenuar alguma condição, logo encontrando para ela uma compensação como por exemplo: “é down, mas é tão bonitinho, nem parece” ou “ tão gordinha, mas tem um rosto e um sorriso lindos!”ainda: “ deficiente auditivo, mas tão inteligente!” Quantas vezes, agimos assim, sem nos darmos conta de que dessa forma, queremos atenuar uma condição para negá-la? A escola só será inclusiva de fato, quando transpor essas condições e acolher a todos como educandos, não importando suas diferenças, mas proporcionando acessibilidade para que todos aprendam, no seu ritmo e no seu tempo, aquilo que conseguem fazer.

INCLUSÃO



SOBRE O LAUDO- MINHA POSTAGEM NO FÓRUM
    Conforme a Nota Técnica 04/2014 de MEC/SECADI /DPEE, não é imprescindível o laudo, porém não se pode desconsiderar sua importância no atendimento aos alunos. Sempre achei importante que o aluno de inclusão tenha assegurado seu direito a ser promovido e beneficiado por lei. Esse aluno acompanhando sua turma, além de não passar pela situação de fracasso escolar, mesmo com todas as dificuldades que isso acarreta, tem respeitado seus vínculos e tudo que construiu com essa turma ao longo do período de convivência. Essa turma, muitas vezes o auxiliou a superar obstáculos e o auxiliou em suas dificuldades, ajudando-o a estabelecer limites e regras sociais. penso que esse aluno, não está em uma classe regular apenas para aprender a ler, escrever e contar, aprendendo de forma homogênea e linear com seus pares. Ele está ali para um aprendizado global, para crescer e ser desafiado a superar limites e o laudo assegura essa segurança aos alunos, que seja avaliado como um todo e não com instrumentos padronizados. O estabelecimento de rotinas, o respeito às normas e aos combinados de turma, por si já é um aprendizado. Os laços estabelecidos na turma também são um aprendizado. Por isso o laudo, para mim, é um documento importante que beneficia o aluno e que lhe assegura direitos, mas e aqueles tantos alunos que não tem um atendimento profissional e ficam repetindo etapas por anos a fio, até que se evadam da escola? Esses não tem laudo, mas todos os anos fazem parte de nossa realidade em classe. Em minha sala de aula todos os anos aportam alunos que desafiam e que terei de buscar estratégias diferenciadas a fim de lhes auxiliar a aprender. Na fala do professor Skliar, no vídeo, fica claro . falamos tanto em inclusão porque estamos longe de ser um espaço inclusivo, enquanto escola. Há uma imensa dificuldade em acolher o diferente e isso se reflete até mesmo em nossa fala, quando dizemos que esse aluno jamais irá acompanhar uma turma regular. Não acompanhará mesmo. Ele tem sua própria aprendizagem e cabe ao professor descobrir esse caminho, que não está pavimentado, nem pronto. Precisamos aprender que planejamento não tem régua. 

HISTÓRIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

    Foi muito gratificante para mim ter acesso a esse material disponibilizado pela Interdisciplina, o texto e o vídeo com os depoimentos de seres humanos tão fortes que lutaram e ainda lutam por seu espaço na sociedade.Em muitas leituras que eu já havia feito sobre a história dos povos na antiguidade eu já tinha tomado conhecimento deste triste lado da humanidade, o da não aceitação dos diferentes e principalmente da eliminação daqueles que no seu julgamento não teriam condições de sobrevivência.E penso que diante do abandono a própria sorte era até mais humano matarem no nascimento pois como um ser frágil e indefeso iria sobreviver abandonado, sem alimento e proteção? também tinha conhecimento de algumas atitudes nas famílias de esconder do convívio social as crianças que nasciam com alguma deficiência. Na minha família tive dois casos, um menino que nasceu com síndrome de down e outro que contraiu meningite e como sequela teve paralisia cerebral. Eram considerados " doentinhos", protegidos, bem cuidados, mas afastados da sociedade. Parece que naquela época as famílias tinham vergonha de expor, como se a deficiência fosse uma" falha genética" em seus rebentos. essas crianças não tiveram oportunidade de aprendizagem, de tentar se alfabetizar ou ter o contato com outras crianças da sua idade.Todavia, muitas pessoas com deficiência e seus familiares, lutavam para haver inclusão social e acessibilidade e isso me surpreendeu muito.Ao assistir o vídeo e ouvir seus relatos relembrando o que foi a luta, desde a década de 70, para que fossem vistos por uma sociedade que os tornava invisíveis e os excluía me fez pensar muito em minha prática como professora. tenho duas alunas de inclusão e o que estou fazendo para promovê- las dentro da minha sala de aula?Penso que como professora faço muito pouco.Quantas vezes me pego reclamando porque não tenho auxiliar no trabalho diário, em classe? Mas depois de assistir a esses depoimentos, compreendo que minha prática só precisa ser acessível. Me questiono se minhas aulas estão levando em conta as diferenças? Penso que mesmo depois de tantas conquistas ainda há muito a se fazer para que os professores realmente entendam que seus alunos são pessoas com muitas especificidades que os tornam diferentes e ao mesmo tempo únicos.

EDUCAÇÃO INDÍGENA


                                                                  MEMÓRIAS
    Em 2007 tive a oportunidade de trabalhar em uma escola na periferia de Esteio, cidade vizinha a minha. Nessa escola, passei por muitos desafios, pois trabalhar longe e em uma comunidade diferente da minha já foi por si só bastante desafiador, mas o mais difícil foi trabalhar com alguns alunos oriundos de uma comunidade indígena que haviam mudado para o bairro.Esses alunos além de pertencer a um outro grupo étnico e social, viviam na mais absoluta pobreza, carentes de tudo, em uma vila próxima da escola, que chamavam "Barreira", porque era puro barro. Nessa vila não havia saneamento básico, asfalto, nenhuma estrutura. muitas famílias da escola moravam nessa vila. Eram crianças muito pobres, que passavam fome e muitas sofriam a usos e violências nas próprias famílias. Os meninos indígenas, eram crianças com muitas dificuldades de adaptação ao ambiente escolar, pois não gostavam de ficar nas salas de aula e fugiam, pelo telhado, porque a sala ficava no segundo andar. Faziam suas necessidades no chão, nos corredores e até mesmo atrás da porta da sala de aula. No momento, não soube muito como lidar com essas situações. tentava incluir os alunos nas atividades mas eles não queriam ficar na sala e muitas vezes chutavam quando os forçávamos a permanecer no ambiente.Fiquei até o final do ano nessa escola. Fizemos muitas FICAIS, pois os alunos eram infrequentes. Como o primeiro ano não reprova, foram promovidos para o segundo ano, um tinha 7 anos e outro mais velho tinha 9 anos, mas era a primeira vez que frequentava escola. Não sei como foi o trabalho com esses alunos nos anos seguintes, se continuaram ou evadiram, mas sinto até hoje uma sensação de fracasso. Não sabemos como lidar com as diferenças. A escola não se adapta aos seus alunos. A escola espera que os alunos se adaptem a ela. E nesse contexto, tratamos a educação como uma propriedade dos chamados brancos., sem compreender que ela é de todos.



                                     

https://www.youtube.com/watch?v=M7HqsFgBpXk&fs=1&autoplay=1



PENSAMENTO CRÍTICO


                                                           PENSAMENTO CRÍTICO

 "Nós temos dois modos de sustentar nossas opiniões e concepções: o dogmático e o crítico. No primeiro modo eu afirmo algo sem me preocupar em justificar aquilo que afirmo. Já o pensamento crítico é aquele que justifica, através de argumentos e evidências, aquilo que está afirmando. O pensamento crítico permite o diálogo, na medida em que estabelece regras comuns para justificar o que é dito. O pensamento dogmático só permite o monólogo."

https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=46351

O eixo VI, trazendo a Interdisciplina de  Filosofia da Educação, me permitiu refletir em como venho sustentando minhas opiniões e min has concepções a cerca dos estudos. Agora estou tendo mais cuidado, procurando argumentar de forma acadêmica, mas vejo ainda muita dificuldade para quem não entende muito de referências e de como referenciar o que está afirmando. Esta talvez seja minha maior dificuldade no PEAD. Procuro ler todos os textos indicados, assisto os vídeos, mas na hora de referenciar não consigo fazer direito. Não estou muito acostumada com as tecnologias, mas espero que eu possa melhorar ao longo do semestre. Que eu possa qualificar minhas escritas. Que eu saiba argumentar e dialogar com qualidade.

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS

                                              EIXO VI  
                                              RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS NA ESCOLA

    Nesse semestre estamos sendo convidados a repensar , em nossa prática, o que construímos dentro das relações étnicas e diversidade cultural em nossas salas de aula. Nós, professores da escola pública, nem sempre estamos preparados para lidar com as diversas dificuldades que surgem em nossas turmas, porém, penso que a mais difícil é a questão da diversidade étnica e cultural que se apresenta. Como lidar com os preconceitos? Como ajudar nosso aluno a conviver com as diferenças que surgem quando vivemos em uma sociedade com tanta diversidade de etnias, culturas, religiões, etc? São desafios para nós professores. Não estamos preparados para lidar com as questões de racismo e discriminação na sala de aula. Será que nossas posturas de intervenção nessas situações estão corretas? Analisar o racismo e a discriminação no dia a dia, não é suficiente se não propusermos maneiras eficazes de lidar com essa situação que sabemos ser real no convívio escolar. Nesse contexto nos foi proposto nesse semestre, relatar uma situação de discriminação, fazendo a partir dela um estudo de caso, realizando uma pesquisa sobre o assunto a partir dos relatos na turma. Interessante que muitas de nós professoras, segundo alguns relatos, também sofremos preconceitos.Situações, vivências e experiências de discriminação são uma realidade dolorosa em sociedade. Causam exclusão e sofrimento. Por esse motivo, a importância dos professores identificarem a discriminação e o racismo para que o nosso planejamento possa trabalhar essas questões.
    Somos um país de diversidades. De acordo com o texto da Wikipedia "Composição étnica do Brasil" A composição étnica e racial da sociedade brasileira é resultado de uma confluência de pessoas de várias origens étnicas diferentes, dos povos indígenas originais, negros africanos, dos colonizadores portugueses e de posteriores ondas imigratórias de europeus, árabes e japoneses, além de outros povos asiáticos e de países sul- americanos." Esse contexto, faz com que convivamos em uma diversidade étnica, social e cultural em nossas salas de aula.
ALGUNS CONCEITOS QUE CONSIDEREI IMPORTANTE TER CONHECIDO:
RAÇA:" é uma construção social utilizada para distinguir pessoas em termos de uma ou mais marcas físicas, dentre elas a cor, que são socialmente significativas. desse modo, a raça é um termo sociológico e não biológico. Em termos biológicos considera-se que há apenas uma raça humana. Um grupo étnico, por outro lado, corresponde a uma categoria de pessoas cujas marcas culturais percebidas são consideradas socialmente significativas. os grupos étnicos diferem entre si em termos de língua, religião, costumes, valores, ancestralidade, entre outras marcas culturais." 
Extraído de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Composi%C3%A7%C3%A3o_%C3%A9tnica_do_Brasil