Marcadores

sexta-feira, 22 de junho de 2018

AVALIAÇÃO


                                   MINHAS REFLEXÕES SOBRE A AVALIAÇÃO


    Quando vemos na charge dos animais, ninguém é igual e todos tem suas diferenças e aptidões. Uns conseguem subir em árvores, outros sabem nadar, outros são ótimos corredores, então como poderão ser todos avaliados pelos mesmos critérios? Na educação vemos assim também. Cada aluno é um ser individual, com suas vivências e experiências, que o transformaram no ser que é, com seu tempo de aprendizagem, com suas habilidades e competências. Não há como medir o conhecimento de cada um com um simples instrumento chamado prova, mas podemos constatar onde estão suas dificuldades se o acompanharmos através de um processo diário de acompanhamento e através dessas constatações podemos planejar atividades que o auxiliem a avançar. Assim vejo a avaliação, porém me questiono quando me deparo com avaliações do tipo SAERS/ ANA/ PROVINHA BRASIL, etc., porque são modelos de avaliação em grupo. E esses modelos acompanharão o aluno pois farão o ENEM, os VESTIBULARES e muitos concursos onde serão avaliados quantitativamente. Serão avaliados todos, com suas diferenças e especificidades, através de um único instrumento: a prova. Querendo ou não terão que mostrar seu domínio do conteúdo nesse instrumento de avaliação. Meus pequenos do primeiro ano foram avaliados em Português e Matemática, em função do Programa Mais Alfabetização, do Governo Federal e em cada prova tinha quatorze questões, onde os alunos deveria, demonstrar sua proficiência nos conteúdos de alfabetização. Achei complicado, cansativo para eles, mas para mim ensinou que devo preparar meus pequenos para essas avaliações que irão encontrar ao longo de toda sua vida escolar e profissional. 

O PROJETO AMORA E OS PROJETOS EM CLASSE



PENSANDO SOBRE...
APÓS LER OS TEXTOS E EXPLORAR O SITE DO "PROJETO AMORA", ESCREVA O SEU POSICIONAMENTO SOBRE A POSSIBILIDADE DE TRABALHAR COM PROJETOS NA SUA SALA DE AULA, NO ESTÁGIO.

                               " É preciso criar situações para que esse aluno estabeleça relações.       Para que estabeleça relações entre relações, que faça construções renovadas e reinvente as noções que se pretende que ele aprenda. Só assim se alcança a compreensão de um conhecimento". ( Nitzke, 2002).
    Acredito que através dos projetos, os alunos conseguem fazer melhores conexões com o conteúdo e também possibilita a interdisciplinaridade, o que favorece a contextualização dos conteúdos e possibilidades de pesquisas com utilização das ferramentas tecnológicas, por isso gosto do trabalho com projetos, já trabalho dessa forma e pretendo continuar no meu estágio a trabalhar assim, só que agora com melhores fundamentos e orientação. O que sempre me falta é a coragem para inovar e me aventurar nas tecnologias, mas aos poucos vou vencendo essas barreiras e hoje compreendo o porquê disso acontecer. Não sou nativa digital e isso me torna temerosa ao lidar com equipamentos tecnológicos. Uma das maiores ajudas que tenho, nesse quesito parte dos meus alunos. Recorro a eles para me ensinar a manusear aparelhos e muito aprendi com eles. Acredito que assim se constrói a aprendizagem. E os alunos na interação com os seus colegas, buscando e coletando informações, construindo resumos para postar em um blog e assim estabelecendo relações que resultam no conhecimento me motivam a trabalhar com projetos, com as tecnologias e conquistar espaços, apesar das dificuldades encontradas, que não são poucas, pois nas escolas estaduais contamos com poucos equipamentos e muitas vezes apenas com o celular e internet de dados. Mas vale a pena investir e abrir caminhos para novas práticas.

O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA





    Muitas atividades das séries iniciais, passam pelo ato de brincar. E não poderia ser diferente porque a criança nas salas de aula não deixa de ser criança e através do lúdico conseguimos trabalhar os conteúdos de alfabetização de uma forma motivadora e prazerosa. Assim são as parlendas, as cantigas e os jogos interativos como por exemplo, pular corda ao som de uma parlenda: " suco gelado, cabelo arrepiado, qual é a letra do seu namorado, A, B, C, D..."  Essa atividade propicia ao aluno compreender o processo das rimas e aliterações.Trabalhamos com a corporeidade e com a oralidade. Trabalhamos as rimas, as letras do alfabeto e tudo isso brincando. A música e as parlendas são uma excelente ferramenta para desenvolver no aluno a consciência fonológica, essencial para a apropriação do sistenma de escrita alfabética e da leitura. Sem contar que desenvolve a linguagem da criança,, que muitas vezes nos chega ainda imatura aos seis anos. 
       Sendo assim uma das implicações da relação entre consciência fonológica e a linguagem escrita na prática pedagógica, seria no papel do professor como mediador, auxiliando a criança a refletir sobre as palavras em sua dimensão sonora ao mesmo tempo em que analisa as partes gráficas. (https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2457718/mod_resource/content/1/aula%20de%20consciencia%20fonologica%20completa.pdf) 









DISPONÍVEL EM:


https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2457718/mod_resource/content/1/aula%20de%20consciencia%20fonologica%20completa.pdf



https://www.youtube.com/watch?v=EMPSHEgEXZ0

ACESSADO EM: 22/ 6/ 2018


PAULO FREIRE E A LEITURA DE MUNDO - TEXTO DE FREI BETO




    A VIVÊNCIA DO ALUNO, O SEU COTIDIANO É O PONTO DE PARTIDA 



    "Ivo viu a uva", ensinavam os manuais de alfabetização. Mas, o professor Paulo Freire, com seu método de alfabetizar conscientizando, fez adultos e crianças, no Brasil e na Guiné Bissau, na Índia e na Nicarágua, descobrirem que Ivo não viu apenas a uva com os olhos. Viu também com a mente e se perguntou se a uva é natureza ou cultura." ( Frei Beto)

    Impossível não se apaixonar pelo educador e pela educação que ele ajudou a construir. Ao ler este texto vemos a alma de Paulo Freire a nos mostrar todos os caminhos possíveis para que a educação seja bem sucedida. Paulo Freire nos descortina o mundo do ser indivíduo/sujeito que constrói verdadeiramente esse país e todas as outras nações do mundo. Não são os políticos ou os detentores do poder que constroem uma nação, mas sim os seus trabalhadores, os seus estudantes, os que produzem o pão que mata a fome e constroem as estradas que abrem os caminhos. Como pensar em educação fora desse contexto? Como pensar em educação encarcerado em quatro paredes de uma sala de aula, se as mentes que aprendem precisam estar conectadas com o mundo, com a cultura e com o contexto em que vivem no cotidiano? Eu sou mente que aprende no PEAD, sou mente que aprende na minha sala de aula, sou mente que aprende ouvindo o meu aluno falar de seus problemas familiares e ajudá-lo a encontrar as soluções para os seus desafios, sou mente que aprende ao procurar ver os tesouros escondidos nos olhos dos meus alunos. Olhos que trazem a cor das matas e a dor da exclusão nas senzalas do passado. Eu sou mente que aprende, quando finalmente entendo que ensinar é aprender a investigar, aprender a criar, aprender a respeitar as individualidades e que para ENSINAR, no contexto dos grandes educadores é aprender a ler o mundo.



Texto disponível em: https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51541
Acessado em 22/6/2018



SOBRE A TEORIA DE HENRI WALLON



    Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu na França e foi uma pessoa muito influente na política , foi psicólogo, médico e filósofo tendo desenvolvido desde jovem seu interesse em estudar os processos de desenvolvimento da criança, principalmente os que se referem as suas etapas de desenvolvimento mental e cognitivo. Para esse autor, assim como para Piaget, a criança  passa por estágios onde desenvolve suas habilidades, porém ele esclarece que essas etapas não tem uma sequência rígida, podendo passar por crises que criam espaços em sua trajetória, não sendo assim muito fixas essas etapas. No estágio impulsivo-emocional que se estende do nascimento até mais ou menos os 12 meses de vida ele considera que a criança não se distingue como ser separado do mundo, mas vai aos poucos interagindo com o meio e que esse meio é o contexto onde essa criança se desenvolve.
    Para GALVÂO (2000) Wallon esclarece que a criança, até os 3 anos de idade, está imersa no ambiente em que vive, dele sofrendo as influências e dele captando as experiências que influenciam em seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Antes que a criança aprenda a se comunicar através da linguagem falada, ela se envolve nos jogos de imitação, agindo e interpretando nas suas relações as maneiras de construir sua individualidade. Wallon estabelece que cada fase do desenvolvimento traz consigo seus conflitos, que influenciam no desenvolvimento, através das interações com o outro e que essas fases não se estabelecem em determinados limites ou cronogramas de tempo, tendo cada ser em particular, o seu tempo próprio de elaboração da consciência.  A criança dos três meses de vida até os três anos, para Wallon, está no período denominado sensório- motor e projetivo. A inteligência se divide em inteligência prática, fruto da interação dos objetos com o próprio corpo da criança e inteligência discursiva, adquirida pela criança através da imitação onde ela se apropria da linguagem falada em torno de si. O estágio do personalismo que vai dos três aos seis anos de idade, mais ou menos, é o período onde a criança vai estabelecendo sua individualidade, construindo sua personalidade e a consciência de si mesma, onde tenta afirmar- se opor- se a autoridade do adulto. No estágio categorial, Wallon posiciona a criança com capacidades cognitivas capazes de auxiliar na abstração e na apropriação de conceitos importantes para a aprendizagem. No estágio da adolescência, com início mais ou menos aos onze ou doze anos de idade, a criança sofre as transformações físicas próprias da puberdade e passa por momentos conflituosos como a perda do corpo infantil e as metamorfoses físicas  ocorridas. Nesse período a criança passa então a desenvolver a auto- afirmação e a sexualidade com os conflitos individuais e com o grupo familiar. Para Wallon, os processos de aprendizagem são ininterruptos e sempre o indivíduo passa de um estágio de aprendizagem para outro e assim sucessivamente, lembrando que acomodação e assimilação são processos válidos para uma etapa e ao surgir outra, novamente se iniciam os conflitos.


http://www.blogpsicologos.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/item/98-estagios-do-desenvolvimento-para-henri-wallon

RESENHA DO TEXTO DE REGINA HARA

                        " ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS AINDA UM DESAFIO"

    Em seu texto, a autora discorre sobre o perfil e a aprendizagem dos alunos dos cursos de EJA à luz das teorias de Piaget, Paulo Freire, Emília Ferreiro e Ana Teberosky. Ela nos apresenta alguns dos fatores que podem levar a não aprendizagem e consequente abandono escolar por parte de muitos alunos das escolas públicas (oriundos das classes populares). São esses alunos que mais sofrem a exclusão escolar, dadas as condições financeiras, sociais e culturais desses indivíduos.
    Hara salienta que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é algo dinâmico e ativo, ou seja, não é uma coisa estagnada, estanque, é algo que sofre influência das relações interpessoais, do meio onde o sujeito atua e de suas percepções sobre esse meio, já que a escrita sofre todas as influências desse meio e é um produto dele, pois se constrói através da reflexão e da ação do sujeito em sua aprendizagem e não de uma simples repetição mecânica. Ela também explica, que autores como Emília Ferreiro e Ana Teberosky, além de Paulo Freire também colocam o homem como sujeito de sua aprendizagem e detentor de capacidades criativas que lhe possibilitam construir seu conhecimento, chegando à escola não como uma “caixa vazia”, onde os professores irão “depositar” conteúdos, mas sim seres com uma bagagem linguística e cultural. Baseando suas pesquisas e investigações nas Teorias Piagetianas, Emília Ferreiro e Ana Teberosky elucidam que a criança aprende em interação com o meio e com o mundo letrado que tem a sua volta. Elas percebem e interagem com todas as formas de escrita que lhe são apresentadas, através de símbolos e da Linguagem, produzindo seu conhecimento. É toda uma apropriação de conceitos que estão muito longe de ser unicamente um processo de memorização de símbolos. E em se tratando de adultos que aprendem, muito mais há que se considerar sobre o que ele “já sabe” e esse deve ser o seu ponto de partida, pois os alunos de EJA chegam as turmas escolares trazendo todo seu aprendizado de cultura e linguagem, que não deve ser ignorado na aprendizagem da escrita e muitos deles trazem hipóteses sobre a utilização dos caracteres linguísticos. Eles já tem suas hipóteses sobre o ato de ler e o que pode ser passível de leitura, além da percepção de que a escrita representa o que se fala, utilizando- se as letras para isso.
    A autora relata sobre o empenho dos alunos em procurar elaborar suas escritas e expressar seus pensamentos. Eles já estavam compreendendo que através desse processo iriam conquistando aos poucos sua autonomia e progresso como leitores, como produtores de histórias e principalmente como autores da própria história, se auto- avaliando, buscando se aperfeiçoar e superar suas limitações e que para isso contavam com professores parceiros, que compreendiam seus processos ajudando- os nessa trajetória.

PLANEJAMENTO, AUTONOMIA E CRIATIVIDADE

                              “O menininho”
Helen Buckley

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola... 


Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...


Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...


QUESTÕES SOBRE  O TEXTO “ O MENININHO” de Hellen Buckley

A) QUAIS SERIAM SEUS DESAFIOS FRENTE A ESSA CRIANÇA?
Como professora de séries iniciais já passei por muitas situações, mas, para mim, a mais triste é perceber que uma criança pequena traz consigo as marcas deixadas por uma prática autoritária. Meu maior desafio frente a essa criança seria trazer de volta sua espontaneidade, sua imaginação e sua criatividade. Penso que teria de investir em muitas histórias e momentos lúdicos com tintas, cores, modelagens e dobraduras. Através das brincadeiras e diálogos em que ele pudesse se expressar talvez pudesse apagar de sua memória esse bloqueio.
B) QUAIS ATIVIDADES VOCÊ, ENQUANTO PROFESSORA, DESENVOLVE COM SEUS ALUNOS DE MODO A POSSIBILITAR QUE ESTES CRESÇAM COM AUTONOMIA E DESENVOLVAM SUA CRIATIVIDADE?
Gosto muito de trabalhar com a Literatura Infantil, pois através das muitas leituras que faço para eles em sala de aula nós podemos dialogar e conhecer muitos personagens diferentes, nascidos da criatividade dos autores. Também propicio muitos momentos lúdicos em que trabalhamos com pinturas, modelagens, desenhos livres e dobraduras, onde criamos personagens e produzimos histórias coletivas. Sempre trabalho a escrita deles através de textos de autores conhecidos, de músicas próprias do folclore brasileiro, destacando palavras em que possamos desenvolver sua leitura e escrita.
C) QUE MARCAS DE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA VOCÊ GOSTARIA DE DEIXAR NOS SEUS ALUNOS?
Com certeza o amor pela Literatura. Acredito que o gosto pela leitura se desenvolve em sala de aula através dos bons livros, das leituras deleite, das dramatizações de histórias conhecidas do universo infantil, como os contos de fadas e outras tantas obras brasileiras, africanas, indígenas, que sempre trazem grandes oportunidades de ensinamentos se soubermos adaptá-los e recriá-los para atender a cada realidade que temos em nossa sala, assim como a possibilidade de explorarmos autores e personagens de outros países, trazendo suas riquezas culturais para dentro da nossa sala de aula. Gostaria que meus alunos levassem para a sua vida adulta a imaginação e a criatividade tão necessárias em qualquer profissão que possam vir a exercer. Assim, trabalho em minhAs turmas, com muitos textos lúdicos e prazerosos.

O TRABALHO PEDAGÓGICO E AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO




SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE ALIAR AS TECNOLOGIAS COM CORAGEM E BOM SENSO






     Essa é uma grande questão a ser debatida e dialogada pelos professores porque a grande maioria dos docentes somente "briga" com os celulares e teme o uso da internet, sem procurar se instrumentalizar para atuar como um profissional do seu tempo. Não podemos simplesmente dizer não às Tecnologias, sob pena de perdermos o fio da história pois é inegável que o mundo mudou em seus paradigmas e a Educação como um instrumento de leitura do mundo não tem como ficar atrás desse contexto. É essencial que o professor se sirva dessas tecnologias e ensine seus alunos a trabalhar com elas de forma correta, para que o aluno não se torne refém de um instrumento que poderia ser auxiliar de sua aprendizagem se bem direcionado. A inclusão digital pode ser um meio de tornar a prática pedagógica em  um trabalho de investigação e pesquisa, tanto para os alunos como para os professores, que podem dessa forma melhorar e qualificar suas aulas. Mas, para isso, os professores precisam se libertar de seus receios e buscar uma formação que os possibilite fazer uso desses recursos para que possa dar aulas interessantes e que sejam motivadoras para os alunos. Nossos alunos nasceram nessa época em que, para eles, é comum o uso das tecnologias e sempre mais interessante do que as meras repetições e cópias da lousa e do livro didático. Conforme 

   Partindo dessas questões , não é difícil perceber que a formação docente precisa ser repensada, e novas estratégias necessitam ser previstas, em função das novas formas de pensamento, de expressão e relação entre sujeitos e grupos que estão emergindo dentro de recentes paradigmas das ciências na cultura tecnológica. Mais do que nos adaptarmos às TDs, é necessário que sejamos protagonizadores, autores dessa realidade. Para isso, é fundamental que saibamos nos movimentar nesses novos espaços puramente relacionais e nessa nova temporalidade "esticada", multissíncrona, na qual é necessário aprender a administrar o tempo. No entanto, para que isso seja possível, para que tenha significado para nós professores, precisamos ser sujeitos e vivenciar essa realidade. (SCHLEMMER, 2006)


    






REFERÊNCIAS:

https://www.youtube.com/watch?v=Zge9v2jIhRA

SCHLEMMER, Eliane. o trabalho do professor e as novas tecnologias
disponível em:
 https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2424857/mod_resource/content/3/SCHLEMMER_O%20trabalho%20do%20professor%20e%20as%20novas%20tecnologias.pdf
acesso em 22/6/2018


SOBRE CONCEITOS E FUNÇÕES DA EJA



    A criança em seu contexto escolar, deve ter seu tempo regular de escolaridade e o sucesso desse período é o foco das políticas públicas educacionais, porém com isso , pensou-se também naquela criança oriunda das classes populares e que com as perversas táticas de exclusão social, reprovações e fracasso escolar, ficou à margem dessa realidade, amargando muitos insucessos e até evadindo-se do sistema escolar . Alunos esses, que passaram muitas vezes pela reprovação ou então tiveram seu direito à escolaridade negado, não completam seu ciclo escolar e entram no mercado de trabalho sem chances de competir com outros que não sofreram esse processo de exclusão. Os sistemas de ensino, então criaram alguns mecanismos para corrigir essas distorções. Mecanismos com uma metodologia própria e que visavam avançar esses alunos em sua aprendizagem, como as classes de aceleração, em Programas como o Acelera Brasil, do Instituto Ayrton Sena, porém isso não é o suficiente para combater a evasão escolar, pois aos 15 anos, muitos jovens abandonam a escola para buscar o trabalho de subsistência.. para isso foi criada a EJA, como uma " categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções específicas." (MEC, CNE/CEB 1/2000).
    Nesse sentido pode- se dizer que a EJA representa "o pagamento" de uma dívida social, que visa reparar os erros cometidos com indivíduos que não tiveram assegurada sua aprendizagem no tempo regular de ensino, por um motivo ou por outro, esses alunos não foram "contemplados" com " a conquista" da leitura e da escrita e seguiram à margem da sociedade, formando uma força de trabalho que gerou muitas riquezas ao país, com uma riqueza cultural imensa, seja através da oralidade ou das diversas manifestações da arte, que prescinde da escrita. Porém essa aprendizagem é um direito e um sonho de muitos brasileiros. A cultura brasileira, muito rica em sua oralidade e ancestralidade, precisa também desse mecanismo: o ato de escrever, pois através dele, da escrita autônoma e do ato de ler, o ser humano se engrandece e se reinventa, tem sua auto- estima renovada e pode contribuir de forma mais potente para o enriquecimento social, mudando a história da sua comunidade, conhecendo seus direitos históricos e sociais. Sendo essa a função reparadora da EJA, "o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano", buscando que o Brasil possa se tornar uma nação mais justa e igualitária a todos aqueles que, na obscuridade, é " o grande artesão dos tecidos da história".
    A função equalizadora da EJA surge como uma oportunidade de "reentrada no Sistema Educacional" de indivíduos que por inúmeros motivos foram impedidos de permanecer no sistema, como presidiários, imigrantes e outros.
    A função permanente, chamada de qualificadora determina que o indivíduo tenha uma formação constante em todos os segmentos onde venha a atuar, para que construindo habilidades e competências possa se manter como sujeito detentor das aprendizagens necessárias em seu campo de atuação histórica e social. 






https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381165/mod_resource/content/3/parecer_11_2000-anotado.pdf


O PAI DA DIDÁTICA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A ESCOLA CONTEMPORÂNEA



    Considerando que as ideias deste autor refletem uma metodologia onde a consideração e o respeito pelo estudante estão presentes, tirando o foco exclusivo da figura do professor e do conteúdo, que segundo sua didática, devem ser de acordo com a compreensão e a capacidade do estudante, cuidando a motivação, ensinando a cooperatividade, dentro de um contexto lúdico e prazeroso, que valorize as experiências do sujeito, sua trajetória, suas percepções e observações do mundo que o cerca, tendo a sala de aula como um laboratório, desenvolvendo um relacionamento de empatia e afetividade com os alunos, não são muitos os professores que estão inseridos nesse contexto de trabalho em nossas escolas. Muito pelo contrário, o que vimos ainda hoje são profissionais que tentam ser o centro do processo achando que o aluno é um depósito de informações dadas por eles e segundo sua visão de aprendizagem. Eu, apesar de saber que estou ainda muito longe de ser a mediadora que meu aluno precisa, procuro fazer com que ele seja mais ativo nesse processo, prOporcionando atividades pedagógicas que o façam pensar e não tantas  atividades repetitivas de memorização e cópia, porém, sabemos que nossa realidade ainda está longe de proporcionar aos alunos um ambiente realmente investigativo e motivador, pois nossos alunos hoje contam com uma diversidade 
e tecnológica muito grande e que compete com os materiais didáticos de que dispomos em nossas escolas públicas. Porém aos poucos vamos trazendo para dentro da nossa prática os recursos que possam enriquecê- La, mas ainda estamos engatinhando nesse processo. Embora tantos séculos nos separem de Comênio e sua Didática, muito de nossa prática ainda não bebeu em suas fontes. Sabemos o caminho, mas ainda não nos aventuramos a percorrê-lo. A contribuição de Comênio para a didática sempre estará marcada pela contemporaneidade e isso ele percebeu e procurou passar adiante, pois o ser que aprende, aprende interagindo em seu meio, investigando seu mundo e suas percepções desse mundo.

ESCOLAS DEMOCRÁTICAS




     Recordo que o professor Fernando Becker bem elucidou em seu vídeo: Escola Mais laboratório e  menos auditório a respeito desses aspectos no cotidiano escolar. Como pensar em escolas democráticas , se percebemos na prática pedagógica evidenciada no curta que nos foi apresentado, uma grande preocupação com o tempo cronometrado, para passar os conteúdos aos alunos? Onde os verbos necessários para aprendizagem, no dizer do professor, como pesquisar, inventar, refletir, questionar, investigar?  O que ali se percebe é uma reprodução  de atitudes e erros embasados na transmissão de conhecimentos e aprendizagens, condizentes com as ideias de reforço utilizadas em nossas escolas há muito tempo, diariamente onde  os alunos precisam permanecer em absoluto silêncio e essa transmissão e reprodução de conhecimentos os fará aprender. Essa percepção de escola, a meu ver, jamais fará com que um aluno tenha aprendizagens significativas e relevantes pois não é ativo no processo, sendo um mero espectador, sendo um agente passivo em uma situação de transmissão de conhecimentos. Observa- se nas cenas reproduzidas o que essa escola realmente é, um auditório. Toca o sinal e cada aluno entra para uma sala, onde durante um tempo cronometrado, um professor lhes transmite uma aula. Ao som do alarme novamente, cada aluno se dirige a outra sala, outro conteúdo e tempo cronometrado. Até mesmo na aula de música, não há expressão do aluno pois é um mero ouvinte do professor que toca ao piano, sem interagir no processo. Evidencia- se também uma reprodução dos erros em gestão escolar, pois um professor com coragem para representar os alunos, sente- se diminuído na presença do diretor, que lança o manifesto dos estudantes no lixo, ou seja, de democrática essa escola nada possui.



REFERÊNCIAS:

quinta-feira, 21 de junho de 2018

AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM


  


                “Aquisição da linguagem com base em estudos de Jean Piaget e Lev Vygotsky”


    Após a leitura dos textos e comparando as pesquisas dos dois teóricos, é possível compreender que os dois pesquisadores enxergam a criança como indivíduos ativos e participantes do processo da aquisição de sua aprendizagem, construindo e desconstruindo operações mentais necessárias para elaborar suas hipóteses de conhecimento. A criança agindo e interagindo em seus ambientes, com os adultos ou com os colegas vai aos poucos compreendendo o jogo do aprender. Porém percebe –se diferenças nas bases de suas pesquisas e como cada um pensa a aquisição do conhecimento , o desenvolvimento da linguagem e a aprendizagem por parte das crianças.
    Para Piaget é importante considerar a maturação biológica e cada estágio do desenvolvimento mental da criança, enquanto para Vygotsky, o determinante é a interação social. Não que, para Piaget, não seja importante a interação do indivíduo com os fatores externos, porém isso só será relevante para a evolução intelectual do indivíduo e aquisição da linguagem, se os fatores internos estiverem concomitantes com a interação, respeitando- se seus estágios de desenvolvimento. Segundo Montoya:
                                                               Basicamente o desenvolvimento da fala interior depende de fatores externos: o desenvolvimento da lógica na criança, como os estudos de Piaget demonstram é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem. (Vygotsky, 1991 p.44, apud Montoya 2006, p.121)
    O autor então salienta, que há duas etapas nas pesquisas de Piaget, onde em uma primeira fase, por assim dizer, admite o desenvolvimento da criança por um ´processo de socialização e sua evolução intelectual passa pela interação com o meio. Posteriormente a essa primeira fase de suas pesquisas pode- se pensar que Piaget centra suas teorias a partir de uma individualidade, com desenvolvimento e maturação das estruturas mentais do indivíduo, reduzindo a importância da interação social, colocando sua aprendizagem como um produto de esquemas construídos pela criança, como assimilação, acomodação e processos de equilibração, que caracterizam a evolução do pensamento infantil. A aprendizagem para Piaget, prende-se mais a fatores individuais (endógenos) do que a interação com os outros no meio social, que seriam necessárias, porém não suficientes, já que essa construção intelectual depende das estruturas mentais do indivíduo e das suas etapas.
    Ao organizar os seus estádios do desenvolvimento, Piaget coloca a aquisição do conhecimento, pela criança, como uma construção, onde o papel do professor e da escola é “desacomodar e desequilibrar” os esquemas construídos pelos alunos ao longo de seus processos de crescimento intelectual e construção de hipóteses, aliados aos processos de maturação de etapas, enquanto que, para Vygotsky, o papel da escola deve ser o de intervenção na ZDP ( Zona de Desenvolvimento Proximal), que é o conceito utilizado por ele para definir uma etapa, que significa um espaço entre o que o aluno já domina e aquilo em que ainda não tem autonomia para realizar, necessitando assim, da ajuda de um mediador para realizar. Esse mediador pode ser o professor ou um colega que já tenha avançado em sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS;
MONTOYA, Adrian Oscar Dongo. Pensamento e Linguagem: Percurso Piagetiano de Investigação. Psicologia em Estudo, Maringá, v.11, n.1, p.119-127.jan/abr. 2006.
PPT: A Concepção do Desenvolvimento de Lev S. Vygotsky e sua influência no Contexto
VÍDEO: Pensamento e Linguagem
Disponível em:
Acesso em 07/06/18

MAPA CONCEITUAL

   


    Sobre a atividade com mapas conceituais deixo aqui registrada toda a minha dificuldade em utilizar as ferramentas necessárias para construir esse esquema que considero muito interessante para as crianças produzirem resumos sobre os conteúdos aprendidos nos projetos. Mas eu encontro uma imensa resistência e talvez por isso não consiga construir esse aprendizado. Ainda tenho muita dificuldade em fazer meus trabalhos, não pela escrita em si, mas pelas ferramentas tecnológicas que sou obrigada a utilizar. Construo esquemas e mapas conceituais no caderno mas não consigo construir no computador.

https://www.youtube.com/watch?v=RThwilejKw0

AS TECNOLOGIAS E A APRENDIZAGEM





    No meu trabalho em sala de aula, no cotidiano, exercendo minha prática pedagógica, muitas vezes me peguei sonhando e desejando oferecer ao meu aluno algo mais do que os simples recursos de que eu dispunha no momento. Muitas vezes sonhava com o momento em que meu aluno pudesse utilizar outras ferramentas de aprendizagem que não aquelas tão simples e rotineiras, como o cderno, o livro didático e a lousa. Mas parecia que esse sonho nunca aconteceria, porque trabalho na rede estadual e essa nunca está muito preocupada com oferecer recursos didáticos que motivem os alunos em sua aprendizagem. triste isso, mas é a nossa realidade. Eu por minha vez, estava longe de ser uma pessoa que entendesse de tecnologias. O máximo que eu sabia era utilizar as redes sociais e mesmo assim com recursos bem limitados. Mas sonhava que um dia poderia aprender para ensinar melhor meus alunos. Mas hoje percebo que me tornei aprendiz e meus professores, muitas vezes são meus alunos, pois estes entendem muito mais das tecnologias do que eu. Sabem manusear os celulares dos pais desde pequenos e não raro, ensinam seus pais. Mas minha comunidade é de periferia, tem algumas limitações e não pode adquirir muitas tecnologias inovadoras, mesmo assim suas crianças tem uma facilidade imensa para aprender a utilizar os celulares e até os computadores. Isso me chama a atenção: o quanto a criança é atraída para as TICs. E penso que maravilha se pudéssemos utilizar essas ferramentas em nossas aulas. O quanto poderia motivar os alunos em sua aprendizagem porque os modelos que temos hoje já não servem para essas crianças nascidas na era digital.
    Como professora, me sinto assustada com a dificuldade que temos em nos libertar da sala de aula do passado. Quanto medo temos de inovar na prática e de sair do nosso cômodo cantinho pedagógico, repleto de criatividade, porém escasso de inovações. 
    Muitas vezes me questiono, será que nós professores estamos interessados em realmente saber como o nosso aluno aprende? Ou será que estamos ainda preocupados em como ensinar os conteúdos necessários? Em vencer prazos? Se a aprendizagem é um processo que se constrói na interação com o meio e com o outro, quais os modelos de interação que estamos oferecendo aos nossos alunos constantemente conectados? Como os professores, gestores e alunos estão lidando com tantas informações? E finalmente como utilizar todas essas ferramentas a nosso favor para desenvolver um ambiente investigativo e instigante ao nosso aluno? São essas reflexões que hoje despertam em mim.