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quinta-feira, 21 de junho de 2018

AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM


  


                “Aquisição da linguagem com base em estudos de Jean Piaget e Lev Vygotsky”


    Após a leitura dos textos e comparando as pesquisas dos dois teóricos, é possível compreender que os dois pesquisadores enxergam a criança como indivíduos ativos e participantes do processo da aquisição de sua aprendizagem, construindo e desconstruindo operações mentais necessárias para elaborar suas hipóteses de conhecimento. A criança agindo e interagindo em seus ambientes, com os adultos ou com os colegas vai aos poucos compreendendo o jogo do aprender. Porém percebe –se diferenças nas bases de suas pesquisas e como cada um pensa a aquisição do conhecimento , o desenvolvimento da linguagem e a aprendizagem por parte das crianças.
    Para Piaget é importante considerar a maturação biológica e cada estágio do desenvolvimento mental da criança, enquanto para Vygotsky, o determinante é a interação social. Não que, para Piaget, não seja importante a interação do indivíduo com os fatores externos, porém isso só será relevante para a evolução intelectual do indivíduo e aquisição da linguagem, se os fatores internos estiverem concomitantes com a interação, respeitando- se seus estágios de desenvolvimento. Segundo Montoya:
                                                               Basicamente o desenvolvimento da fala interior depende de fatores externos: o desenvolvimento da lógica na criança, como os estudos de Piaget demonstram é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem. (Vygotsky, 1991 p.44, apud Montoya 2006, p.121)
    O autor então salienta, que há duas etapas nas pesquisas de Piaget, onde em uma primeira fase, por assim dizer, admite o desenvolvimento da criança por um ´processo de socialização e sua evolução intelectual passa pela interação com o meio. Posteriormente a essa primeira fase de suas pesquisas pode- se pensar que Piaget centra suas teorias a partir de uma individualidade, com desenvolvimento e maturação das estruturas mentais do indivíduo, reduzindo a importância da interação social, colocando sua aprendizagem como um produto de esquemas construídos pela criança, como assimilação, acomodação e processos de equilibração, que caracterizam a evolução do pensamento infantil. A aprendizagem para Piaget, prende-se mais a fatores individuais (endógenos) do que a interação com os outros no meio social, que seriam necessárias, porém não suficientes, já que essa construção intelectual depende das estruturas mentais do indivíduo e das suas etapas.
    Ao organizar os seus estádios do desenvolvimento, Piaget coloca a aquisição do conhecimento, pela criança, como uma construção, onde o papel do professor e da escola é “desacomodar e desequilibrar” os esquemas construídos pelos alunos ao longo de seus processos de crescimento intelectual e construção de hipóteses, aliados aos processos de maturação de etapas, enquanto que, para Vygotsky, o papel da escola deve ser o de intervenção na ZDP ( Zona de Desenvolvimento Proximal), que é o conceito utilizado por ele para definir uma etapa, que significa um espaço entre o que o aluno já domina e aquilo em que ainda não tem autonomia para realizar, necessitando assim, da ajuda de um mediador para realizar. Esse mediador pode ser o professor ou um colega que já tenha avançado em sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS;
MONTOYA, Adrian Oscar Dongo. Pensamento e Linguagem: Percurso Piagetiano de Investigação. Psicologia em Estudo, Maringá, v.11, n.1, p.119-127.jan/abr. 2006.
PPT: A Concepção do Desenvolvimento de Lev S. Vygotsky e sua influência no Contexto
VÍDEO: Pensamento e Linguagem
Disponível em:
Acesso em 07/06/18

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