No meu trabalho em sala de aula, no cotidiano, exercendo minha prática pedagógica, muitas vezes me peguei sonhando e desejando oferecer ao meu aluno algo mais do que os simples recursos de que eu dispunha no momento. Muitas vezes sonhava com o momento em que meu aluno pudesse utilizar outras ferramentas de aprendizagem que não aquelas tão simples e rotineiras, como o cderno, o livro didático e a lousa. Mas parecia que esse sonho nunca aconteceria, porque trabalho na rede estadual e essa nunca está muito preocupada com oferecer recursos didáticos que motivem os alunos em sua aprendizagem. triste isso, mas é a nossa realidade. Eu por minha vez, estava longe de ser uma pessoa que entendesse de tecnologias. O máximo que eu sabia era utilizar as redes sociais e mesmo assim com recursos bem limitados. Mas sonhava que um dia poderia aprender para ensinar melhor meus alunos. Mas hoje percebo que me tornei aprendiz e meus professores, muitas vezes são meus alunos, pois estes entendem muito mais das tecnologias do que eu. Sabem manusear os celulares dos pais desde pequenos e não raro, ensinam seus pais. Mas minha comunidade é de periferia, tem algumas limitações e não pode adquirir muitas tecnologias inovadoras, mesmo assim suas crianças tem uma facilidade imensa para aprender a utilizar os celulares e até os computadores. Isso me chama a atenção: o quanto a criança é atraída para as TICs. E penso que maravilha se pudéssemos utilizar essas ferramentas em nossas aulas. O quanto poderia motivar os alunos em sua aprendizagem porque os modelos que temos hoje já não servem para essas crianças nascidas na era digital.
Como professora, me sinto assustada com a dificuldade que temos em nos libertar da sala de aula do passado. Quanto medo temos de inovar na prática e de sair do nosso cômodo cantinho pedagógico, repleto de criatividade, porém escasso de inovações.
Muitas vezes me questiono, será que nós professores estamos interessados em realmente saber como o nosso aluno aprende? Ou será que estamos ainda preocupados em como ensinar os conteúdos necessários? Em vencer prazos? Se a aprendizagem é um processo que se constrói na interação com o meio e com o outro, quais os modelos de interação que estamos oferecendo aos nossos alunos constantemente conectados? Como os professores, gestores e alunos estão lidando com tantas informações? E finalmente como utilizar todas essas ferramentas a nosso favor para desenvolver um ambiente investigativo e instigante ao nosso aluno? São essas reflexões que hoje despertam em mim.
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