Olá! Seja bem- vindo ao meu blog! Meu nome é Débora Terezinha. Sou aluna da UFRGS no curso de Pedagogia PEAD 2014 Trabalho na E.E.E.F. João XXIII no bairro Niterói, em Canoas, atuando com o 5º ano do ensino fundamental, no turno da manhã e com o 1º ano do ensino fundamental, no turno da tarde, em regime de 40 horas semanais.
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domingo, 16 de dezembro de 2018
REFLETINDO SOBRE OS PROCESSOS CRIATIVOS
O contexto sócio-histórico e cultural influencia muito no desenvolvimento dos processos criativos. Uma Educação emancipadora e multidisciplinar logicamente fornece os elementos necessários para que ocorra a criatividade, pois esta é um processo de construção individual mediado pelo meio que possibilite seu desenvolvimento. A criatividade, no meu entendimento sobre o texto da autora Maria de Fátima Morais, não é "uma herança genética" , pois a interação no meio escolar e social, resultam em fatores que possibilitam ou não o desenvolvimento dos processos criativos. A motivação é um desses fatores, porque, como explica a autora devemos antes nos perguntar: "0 que a criatividade requer?", então, motivação é desejar interagir com um meio que nos suscite o desejo de aprender com esse meio. Ao professor então, cabe propiciar essa motivação, ou seja, que o aluno esteja querendo obter o conhecimento que pode obter nesse meio.Através dessa mediação que possa desenvolver sua autonomia, sua auto-confiança e sua persistência para buscar esse conhecimento. Segundo a autora, dominar conhecimentos multidisciplinares é o caminho seguro para adquirir essas características, que possibilitam o desenvolvimento da criatividade, porque é preciso derrubar mitos e crenças, como o da lâmpada que acende na cabeça do gênio. A criatividade, então, segundo ela, é um processo e não uma explosão momentânea, traduzindo o insight como o resultado de um trabalho efetivo de construção e de persistência e não "um passe de mágica". Autonomia, auto-confiança e persistência são as características que precisam ser desenvolvidas para que o aluno se torne um indivíduo criativo e no mundo atual, proativo.Muitos professores consideram que os alunos obedientes e disciplinados, em uma classe silenciosa, são ideais para a aprendizagem. Mas, segundo a autora, uma classe que foge dos padrões comportamentais de obediência, pode desenvolver muito mais o processo criativo, pois tem a liberdade necessária para inovar. Como diz a autora "falar de criatividade é difícil", porém a nós educadores, cabe refletir sobre a criatividade e suas questões, para optarmos por práticas pedagógicas que possam promover estratégias de competências, para que ela, a criatividade, possa ter lugar no cotidiano escolar.
REFERÊNCIAS:
MORAIS, Maria de Fátima: Criatividade: conceito e desafios: Instituto de Educação, Universidade do Minho
sexta-feira, 22 de junho de 2018
AVALIAÇÃO
MINHAS REFLEXÕES SOBRE A AVALIAÇÃO
Quando vemos na charge dos animais, ninguém é igual e todos tem suas diferenças e aptidões. Uns conseguem subir em árvores, outros sabem nadar, outros são ótimos corredores, então como poderão ser todos avaliados pelos mesmos critérios? Na educação vemos assim também. Cada aluno é um ser individual, com suas vivências e experiências, que o transformaram no ser que é, com seu tempo de aprendizagem, com suas habilidades e competências. Não há como medir o conhecimento de cada um com um simples instrumento chamado prova, mas podemos constatar onde estão suas dificuldades se o acompanharmos através de um processo diário de acompanhamento e através dessas constatações podemos planejar atividades que o auxiliem a avançar. Assim vejo a avaliação, porém me questiono quando me deparo com avaliações do tipo SAERS/ ANA/ PROVINHA BRASIL, etc., porque são modelos de avaliação em grupo. E esses modelos acompanharão o aluno pois farão o ENEM, os VESTIBULARES e muitos concursos onde serão avaliados quantitativamente. Serão avaliados todos, com suas diferenças e especificidades, através de um único instrumento: a prova. Querendo ou não terão que mostrar seu domínio do conteúdo nesse instrumento de avaliação. Meus pequenos do primeiro ano foram avaliados em Português e Matemática, em função do Programa Mais Alfabetização, do Governo Federal e em cada prova tinha quatorze questões, onde os alunos deveria, demonstrar sua proficiência nos conteúdos de alfabetização. Achei complicado, cansativo para eles, mas para mim ensinou que devo preparar meus pequenos para essas avaliações que irão encontrar ao longo de toda sua vida escolar e profissional.
O PROJETO AMORA E OS PROJETOS EM CLASSE
PENSANDO SOBRE...
APÓS LER OS TEXTOS E EXPLORAR O SITE DO "PROJETO AMORA", ESCREVA O SEU POSICIONAMENTO SOBRE A POSSIBILIDADE DE TRABALHAR COM PROJETOS NA SUA SALA DE AULA, NO ESTÁGIO.
" É preciso criar situações para que esse aluno estabeleça relações. Para que estabeleça relações entre relações, que faça construções renovadas e reinvente as noções que se pretende que ele aprenda. Só assim se alcança a compreensão de um conhecimento". ( Nitzke, 2002).Acredito que através dos projetos, os alunos conseguem fazer melhores conexões com o conteúdo e também possibilita a interdisciplinaridade, o que favorece a contextualização dos conteúdos e possibilidades de pesquisas com utilização das ferramentas tecnológicas, por isso gosto do trabalho com projetos, já trabalho dessa forma e pretendo continuar no meu estágio a trabalhar assim, só que agora com melhores fundamentos e orientação. O que sempre me falta é a coragem para inovar e me aventurar nas tecnologias, mas aos poucos vou vencendo essas barreiras e hoje compreendo o porquê disso acontecer. Não sou nativa digital e isso me torna temerosa ao lidar com equipamentos tecnológicos. Uma das maiores ajudas que tenho, nesse quesito parte dos meus alunos. Recorro a eles para me ensinar a manusear aparelhos e muito aprendi com eles. Acredito que assim se constrói a aprendizagem. E os alunos na interação com os seus colegas, buscando e coletando informações, construindo resumos para postar em um blog e assim estabelecendo relações que resultam no conhecimento me motivam a trabalhar com projetos, com as tecnologias e conquistar espaços, apesar das dificuldades encontradas, que não são poucas, pois nas escolas estaduais contamos com poucos equipamentos e muitas vezes apenas com o celular e internet de dados. Mas vale a pena investir e abrir caminhos para novas práticas.
O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
Muitas atividades das séries iniciais, passam pelo ato de brincar. E não poderia ser diferente porque a criança nas salas de aula não deixa de ser criança e através do lúdico conseguimos trabalhar os conteúdos de alfabetização de uma forma motivadora e prazerosa. Assim são as parlendas, as cantigas e os jogos interativos como por exemplo, pular corda ao som de uma parlenda: " suco gelado, cabelo arrepiado, qual é a letra do seu namorado, A, B, C, D..." Essa atividade propicia ao aluno compreender o processo das rimas e aliterações.Trabalhamos com a corporeidade e com a oralidade. Trabalhamos as rimas, as letras do alfabeto e tudo isso brincando. A música e as parlendas são uma excelente ferramenta para desenvolver no aluno a consciência fonológica, essencial para a apropriação do sistenma de escrita alfabética e da leitura. Sem contar que desenvolve a linguagem da criança,, que muitas vezes nos chega ainda imatura aos seis anos.
Sendo assim uma das implicações da relação entre consciência fonológica e a linguagem escrita na prática pedagógica, seria no papel do professor como mediador, auxiliando a criança a refletir sobre as palavras em sua dimensão sonora ao mesmo tempo em que analisa as partes gráficas. (https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2457718/mod_resource/content/1/aula%20de%20consciencia%20fonologica%20completa.pdf)
DISPONÍVEL EM:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2457718/mod_resource/content/1/aula%20de%20consciencia%20fonologica%20completa.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=EMPSHEgEXZ0
ACESSADO EM: 22/ 6/ 2018
PAULO FREIRE E A LEITURA DE MUNDO - TEXTO DE FREI BETO
A VIVÊNCIA DO ALUNO, O SEU COTIDIANO É O PONTO DE PARTIDA
"Ivo viu a uva", ensinavam os manuais de alfabetização. Mas, o professor Paulo Freire, com seu método de alfabetizar conscientizando, fez adultos e crianças, no Brasil e na Guiné Bissau, na Índia e na Nicarágua, descobrirem que Ivo não viu apenas a uva com os olhos. Viu também com a mente e se perguntou se a uva é natureza ou cultura." ( Frei Beto)
Impossível não se apaixonar pelo educador e pela educação que ele ajudou a construir. Ao ler este texto vemos a alma de Paulo Freire a nos mostrar todos os caminhos possíveis para que a educação seja bem sucedida. Paulo Freire nos descortina o mundo do ser indivíduo/sujeito que constrói verdadeiramente esse país e todas as outras nações do mundo. Não são os políticos ou os detentores do poder que constroem uma nação, mas sim os seus trabalhadores, os seus estudantes, os que produzem o pão que mata a fome e constroem as estradas que abrem os caminhos. Como pensar em educação fora desse contexto? Como pensar em educação encarcerado em quatro paredes de uma sala de aula, se as mentes que aprendem precisam estar conectadas com o mundo, com a cultura e com o contexto em que vivem no cotidiano? Eu sou mente que aprende no PEAD, sou mente que aprende na minha sala de aula, sou mente que aprende ouvindo o meu aluno falar de seus problemas familiares e ajudá-lo a encontrar as soluções para os seus desafios, sou mente que aprende ao procurar ver os tesouros escondidos nos olhos dos meus alunos. Olhos que trazem a cor das matas e a dor da exclusão nas senzalas do passado. Eu sou mente que aprende, quando finalmente entendo que ensinar é aprender a investigar, aprender a criar, aprender a respeitar as individualidades e que para ENSINAR, no contexto dos grandes educadores é aprender a ler o mundo.
Texto disponível em: https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51541
Acessado em 22/6/2018
SOBRE A TEORIA DE HENRI WALLON
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu na França e foi uma pessoa muito influente na política , foi psicólogo, médico e filósofo tendo desenvolvido desde jovem seu interesse em estudar os processos de desenvolvimento da criança, principalmente os que se referem as suas etapas de desenvolvimento mental e cognitivo. Para esse autor, assim como para Piaget, a criança passa por estágios onde desenvolve suas habilidades, porém ele esclarece que essas etapas não tem uma sequência rígida, podendo passar por crises que criam espaços em sua trajetória, não sendo assim muito fixas essas etapas. No estágio impulsivo-emocional que se estende do nascimento até mais ou menos os 12 meses de vida ele considera que a criança não se distingue como ser separado do mundo, mas vai aos poucos interagindo com o meio e que esse meio é o contexto onde essa criança se desenvolve.
Para GALVÂO (2000) Wallon esclarece que a criança, até os 3 anos de idade, está imersa no ambiente em que vive, dele sofrendo as influências e dele captando as experiências que influenciam em seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Antes que a criança aprenda a se comunicar através da linguagem falada, ela se envolve nos jogos de imitação, agindo e interpretando nas suas relações as maneiras de construir sua individualidade. Wallon estabelece que cada fase do desenvolvimento traz consigo seus conflitos, que influenciam no desenvolvimento, através das interações com o outro e que essas fases não se estabelecem em determinados limites ou cronogramas de tempo, tendo cada ser em particular, o seu tempo próprio de elaboração da consciência. A criança dos três meses de vida até os três anos, para Wallon, está no período denominado sensório- motor e projetivo. A inteligência se divide em inteligência prática, fruto da interação dos objetos com o próprio corpo da criança e inteligência discursiva, adquirida pela criança através da imitação onde ela se apropria da linguagem falada em torno de si. O estágio do personalismo que vai dos três aos seis anos de idade, mais ou menos, é o período onde a criança vai estabelecendo sua individualidade, construindo sua personalidade e a consciência de si mesma, onde tenta afirmar- se opor- se a autoridade do adulto. No estágio categorial, Wallon posiciona a criança com capacidades cognitivas capazes de auxiliar na abstração e na apropriação de conceitos importantes para a aprendizagem. No estágio da adolescência, com início mais ou menos aos onze ou doze anos de idade, a criança sofre as transformações físicas próprias da puberdade e passa por momentos conflituosos como a perda do corpo infantil e as metamorfoses físicas ocorridas. Nesse período a criança passa então a desenvolver a auto- afirmação e a sexualidade com os conflitos individuais e com o grupo familiar. Para Wallon, os processos de aprendizagem são ininterruptos e sempre o indivíduo passa de um estágio de aprendizagem para outro e assim sucessivamente, lembrando que acomodação e assimilação são processos válidos para uma etapa e ao surgir outra, novamente se iniciam os conflitos.
http://www.blogpsicologos.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/item/98-estagios-do-desenvolvimento-para-henri-wallon
RESENHA DO TEXTO DE REGINA HARA
" ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS AINDA UM DESAFIO"
Em
seu texto, a autora discorre sobre o perfil e a aprendizagem dos alunos dos
cursos de EJA à luz das teorias de Piaget, Paulo Freire, Emília Ferreiro e Ana
Teberosky. Ela nos apresenta alguns dos fatores que podem levar a não
aprendizagem e consequente abandono escolar por parte de muitos alunos das
escolas públicas (oriundos das classes populares). São esses alunos que mais
sofrem a exclusão escolar, dadas as condições financeiras, sociais e culturais
desses indivíduos.
Hara
salienta que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é algo dinâmico e
ativo, ou seja, não é uma coisa estagnada, estanque, é algo que sofre
influência das relações interpessoais, do meio onde o sujeito atua e de suas
percepções sobre esse meio, já que a escrita sofre todas as influências desse
meio e é um produto dele, pois se constrói através da reflexão e da ação do
sujeito em sua aprendizagem e não de uma simples repetição mecânica. Ela também
explica, que autores como Emília Ferreiro e Ana Teberosky, além de Paulo Freire
também colocam o homem como sujeito de sua aprendizagem e detentor de
capacidades criativas que lhe possibilitam construir seu conhecimento, chegando
à escola não como uma “caixa vazia”, onde os professores irão “depositar”
conteúdos, mas sim seres com uma bagagem linguística e cultural. Baseando suas
pesquisas e investigações nas Teorias Piagetianas, Emília Ferreiro e Ana
Teberosky elucidam que a criança aprende em interação com o meio e com o mundo
letrado que tem a sua volta. Elas percebem e interagem com todas as formas de
escrita que lhe são apresentadas, através de símbolos e da Linguagem,
produzindo seu conhecimento. É toda uma apropriação de conceitos que estão
muito longe de ser unicamente um processo de memorização de símbolos. E em se
tratando de adultos que aprendem, muito mais há que se considerar sobre o que
ele “já sabe” e esse deve ser o seu ponto de partida, pois os alunos de EJA
chegam as turmas escolares trazendo todo seu aprendizado de cultura e
linguagem, que não deve ser ignorado na aprendizagem da escrita e muitos deles
trazem hipóteses sobre a utilização dos caracteres linguísticos. Eles já tem
suas hipóteses sobre o ato de ler e o que pode ser passível de leitura, além da
percepção de que a escrita representa o que se fala, utilizando- se as letras
para isso.
A autora relata sobre o empenho dos alunos
em procurar elaborar suas escritas e expressar seus pensamentos. Eles já
estavam compreendendo que através desse processo iriam conquistando aos poucos
sua autonomia e progresso como leitores, como produtores de histórias e
principalmente como autores da própria história, se auto- avaliando, buscando
se aperfeiçoar e superar suas limitações e que para isso contavam com
professores parceiros, que compreendiam seus processos ajudando- os nessa trajetória.
PLANEJAMENTO, AUTONOMIA E CRIATIVIDADE
“O menininho”
Helen
Buckley
Era uma vez um
menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho
descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A
escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a
professora disse:
- Hoje nós iremos
fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou
o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e
barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda
não é hora de começar!
Ela esperou até que
todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos
desenhar flores.
E o menininho
começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou
mostrar como fazer.
E a flor era
vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a
professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou
para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua
flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da
professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia,
quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos
fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o
menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os
tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e
amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é
hora de começar!
Ela esperou até que
todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos
fazer um prato.
“Que bom!”, pensou
o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou
mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era
fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou
para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas
ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez
um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o
menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a
professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu
que o menininho teve que mudar de escola...
Esta escola era
ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir
grandes escadas até a sua sala...
Um dia a professora
disse:
- Hoje nós vamos
fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou
o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse.
Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que
nós vamos fazer?
- Eu não sei, até
que você o faça.
-Como eu posso
fazer?
- Da maneira que
você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo
fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o
desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a
desenhar uma flor vermelha com um caule verde...
QUESTÕES SOBRE O TEXTO
“ O MENININHO” de Hellen Buckley
A) QUAIS SERIAM SEUS DESAFIOS FRENTE A ESSA CRIANÇA?
Como professora de séries iniciais já passei por muitas
situações, mas, para mim, a mais triste é perceber que uma criança pequena traz
consigo as marcas deixadas por uma prática autoritária. Meu maior desafio
frente a essa criança seria trazer de volta sua espontaneidade, sua imaginação
e sua criatividade. Penso que teria de investir em muitas histórias e momentos
lúdicos com tintas, cores, modelagens e dobraduras. Através das brincadeiras e
diálogos em que ele pudesse se expressar talvez pudesse apagar de sua memória
esse bloqueio.
B) QUAIS ATIVIDADES VOCÊ, ENQUANTO PROFESSORA, DESENVOLVE
COM SEUS ALUNOS DE MODO A POSSIBILITAR QUE ESTES CRESÇAM COM AUTONOMIA E
DESENVOLVAM SUA CRIATIVIDADE?
Gosto muito de trabalhar com a Literatura Infantil, pois
através das muitas leituras que faço para eles em sala de aula nós podemos
dialogar e conhecer muitos personagens diferentes, nascidos da criatividade dos
autores. Também propicio muitos momentos lúdicos em que trabalhamos com
pinturas, modelagens, desenhos livres e dobraduras, onde criamos personagens e
produzimos histórias coletivas. Sempre trabalho a escrita deles através de textos
de autores conhecidos, de músicas próprias do folclore brasileiro, destacando
palavras em que possamos desenvolver sua leitura e escrita.
C) QUE MARCAS DE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA VOCÊ GOSTARIA DE
DEIXAR NOS SEUS ALUNOS?
Com certeza o amor pela Literatura. Acredito que
o gosto pela leitura se desenvolve em sala de aula através dos bons livros, das
leituras deleite, das dramatizações de histórias conhecidas do
universo infantil, como os contos de fadas e outras tantas obras brasileiras,
africanas, indígenas, que sempre trazem grandes oportunidades de ensinamentos
se soubermos adaptá-los e recriá-los para atender a cada realidade que temos em
nossa sala, assim como a possibilidade de explorarmos autores e personagens de
outros países, trazendo suas riquezas culturais para dentro da nossa sala de
aula. Gostaria que meus alunos levassem para a sua vida adulta a imaginação e a
criatividade tão necessárias em qualquer profissão que possam vir a exercer.
Assim, trabalho em minhAs turmas, com muitos textos lúdicos e prazerosos.O TRABALHO PEDAGÓGICO E AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE ALIAR AS TECNOLOGIAS COM CORAGEM E BOM SENSO
Essa é uma grande questão a ser debatida e dialogada pelos professores porque a grande maioria dos docentes somente "briga" com os celulares e teme o uso da internet, sem procurar se instrumentalizar para atuar como um profissional do seu tempo. Não podemos simplesmente dizer não às Tecnologias, sob pena de perdermos o fio da história pois é inegável que o mundo mudou em seus paradigmas e a Educação como um instrumento de leitura do mundo não tem como ficar atrás desse contexto. É essencial que o professor se sirva dessas tecnologias e ensine seus alunos a trabalhar com elas de forma correta, para que o aluno não se torne refém de um instrumento que poderia ser auxiliar de sua aprendizagem se bem direcionado. A inclusão digital pode ser um meio de tornar a prática pedagógica em um trabalho de investigação e pesquisa, tanto para os alunos como para os professores, que podem dessa forma melhorar e qualificar suas aulas. Mas, para isso, os professores precisam se libertar de seus receios e buscar uma formação que os possibilite fazer uso desses recursos para que possa dar aulas interessantes e que sejam motivadoras para os alunos. Nossos alunos nasceram nessa época em que, para eles, é comum o uso das tecnologias e sempre mais interessante do que as meras repetições e cópias da lousa e do livro didático. Conforme
Partindo dessas questões , não é difícil perceber que a formação docente precisa ser repensada, e novas estratégias necessitam ser previstas, em função das novas formas de pensamento, de expressão e relação entre sujeitos e grupos que estão emergindo dentro de recentes paradigmas das ciências na cultura tecnológica. Mais do que nos adaptarmos às TDs, é necessário que sejamos protagonizadores, autores dessa realidade. Para isso, é fundamental que saibamos nos movimentar nesses novos espaços puramente relacionais e nessa nova temporalidade "esticada", multissíncrona, na qual é necessário aprender a administrar o tempo. No entanto, para que isso seja possível, para que tenha significado para nós professores, precisamos ser sujeitos e vivenciar essa realidade. (SCHLEMMER, 2006)
REFERÊNCIAS:
https://www.youtube.com/watch?v=Zge9v2jIhRA
SCHLEMMER, Eliane. o trabalho do professor e as novas tecnologias
disponível em:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2424857/mod_resource/content/3/SCHLEMMER_O%20trabalho%20do%20professor%20e%20as%20novas%20tecnologias.pdf
acesso em 22/6/2018
SOBRE CONCEITOS E FUNÇÕES DA EJA
A criança em seu contexto escolar, deve ter seu tempo regular de escolaridade e o sucesso desse período é o foco das políticas públicas educacionais, porém com isso , pensou-se também naquela criança oriunda das classes populares e que com as perversas táticas de exclusão social, reprovações e fracasso escolar, ficou à margem dessa realidade, amargando muitos insucessos e até evadindo-se do sistema escolar . Alunos esses, que passaram muitas vezes pela reprovação ou então tiveram seu direito à escolaridade negado, não completam seu ciclo escolar e entram no mercado de trabalho sem chances de competir com outros que não sofreram esse processo de exclusão. Os sistemas de ensino, então criaram alguns mecanismos para corrigir essas distorções. Mecanismos com uma metodologia própria e que visavam avançar esses alunos em sua aprendizagem, como as classes de aceleração, em Programas como o Acelera Brasil, do Instituto Ayrton Sena, porém isso não é o suficiente para combater a evasão escolar, pois aos 15 anos, muitos jovens abandonam a escola para buscar o trabalho de subsistência.. para isso foi criada a EJA, como uma " categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções específicas." (MEC, CNE/CEB 1/2000).
Nesse sentido pode- se dizer que a EJA representa "o pagamento" de uma dívida social, que visa reparar os erros cometidos com indivíduos que não tiveram assegurada sua aprendizagem no tempo regular de ensino, por um motivo ou por outro, esses alunos não foram "contemplados" com " a conquista" da leitura e da escrita e seguiram à margem da sociedade, formando uma força de trabalho que gerou muitas riquezas ao país, com uma riqueza cultural imensa, seja através da oralidade ou das diversas manifestações da arte, que prescinde da escrita. Porém essa aprendizagem é um direito e um sonho de muitos brasileiros. A cultura brasileira, muito rica em sua oralidade e ancestralidade, precisa também desse mecanismo: o ato de escrever, pois através dele, da escrita autônoma e do ato de ler, o ser humano se engrandece e se reinventa, tem sua auto- estima renovada e pode contribuir de forma mais potente para o enriquecimento social, mudando a história da sua comunidade, conhecendo seus direitos históricos e sociais. Sendo essa a função reparadora da EJA, "o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano", buscando que o Brasil possa se tornar uma nação mais justa e igualitária a todos aqueles que, na obscuridade, é " o grande artesão dos tecidos da história".
A função equalizadora da EJA surge como uma oportunidade de "reentrada no Sistema Educacional" de indivíduos que por inúmeros motivos foram impedidos de permanecer no sistema, como presidiários, imigrantes e outros.
A função permanente, chamada de qualificadora determina que o indivíduo tenha uma formação constante em todos os segmentos onde venha a atuar, para que construindo habilidades e competências possa se manter como sujeito detentor das aprendizagens necessárias em seu campo de atuação histórica e social.
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381165/mod_resource/content/3/parecer_11_2000-anotado.pdf
O PAI DA DIDÁTICA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A ESCOLA CONTEMPORÂNEA
Considerando que as ideias deste autor refletem uma metodologia onde a consideração e o respeito pelo estudante estão presentes, tirando o foco exclusivo da figura do professor e do conteúdo, que segundo sua didática, devem ser de acordo com a compreensão e a capacidade do estudante, cuidando a motivação, ensinando a cooperatividade, dentro de um contexto lúdico e prazeroso, que valorize as experiências do sujeito, sua trajetória, suas percepções e observações do mundo que o cerca, tendo a sala de aula como um laboratório, desenvolvendo um relacionamento de empatia e afetividade com os alunos, não são muitos os professores que estão inseridos nesse contexto de trabalho em nossas escolas. Muito pelo contrário, o que vimos ainda hoje são profissionais que tentam ser o centro do processo achando que o aluno é um depósito de informações dadas por eles e segundo sua visão de aprendizagem. Eu, apesar de saber que estou ainda muito longe de ser a mediadora que meu aluno precisa, procuro fazer com que ele seja mais ativo nesse processo, prOporcionando atividades pedagógicas que o façam pensar e não tantas atividades repetitivas de memorização e cópia, porém, sabemos que nossa realidade ainda está longe de proporcionar aos alunos um ambiente realmente investigativo e motivador, pois nossos alunos hoje contam com uma diversidade
e tecnológica muito grande e que
compete com os materiais didáticos de que dispomos em nossas escolas públicas.
Porém aos poucos vamos trazendo para dentro da nossa prática os recursos que
possam enriquecê- La, mas ainda estamos engatinhando nesse processo. Embora tantos
séculos nos separem de Comênio e sua Didática, muito de nossa prática ainda não
bebeu em suas fontes. Sabemos o caminho, mas ainda não nos aventuramos a percorrê-lo. A contribuição de Comênio para a didática sempre estará marcada pela contemporaneidade e isso ele percebeu e procurou passar adiante, pois o ser que aprende, aprende interagindo em seu meio, investigando seu mundo e suas percepções desse mundo.
ESCOLAS DEMOCRÁTICAS
Recordo que o professor Fernando Becker bem
elucidou em seu vídeo: “ Escola Mais laboratório
e menos auditório”
a respeito desses aspectos no cotidiano escolar. Como pensar em escolas
democráticas , se percebemos na prática pedagógica evidenciada no curta que nos
foi apresentado, uma grande preocupação com o tempo cronometrado, para “passar”
os conteúdos aos alunos? Onde os verbos necessários para aprendizagem, no dizer
do professor, como pesquisar, inventar, refletir, questionar, investigar? O que ali se percebe é uma reprodução de atitudes e erros embasados na transmissão de conhecimentos e aprendizagens, condizentes
com as ideias de reforço utilizadas em nossas escolas há muito tempo,
diariamente onde os alunos precisam
permanecer em absoluto silêncio e essa transmissão e reprodução de
conhecimentos os fará aprender. Essa percepção de escola, a meu ver, jamais
fará com que um aluno tenha aprendizagens significativas e relevantes pois não
é ativo no processo, sendo um mero espectador, sendo um agente passivo em uma
situação de transmissão de conhecimentos. Observa- se nas cenas reproduzidas o
que essa escola realmente é, um auditório. Toca o sinal e cada aluno entra para
uma sala, onde durante um tempo cronometrado, um professor lhes “transmite” uma aula. Ao som do alarme novamente, cada aluno
se dirige a outra sala, outro conteúdo e tempo cronometrado. Até mesmo na aula
de música, não há expressão do aluno pois é um mero ouvinte do professor que
toca ao piano, sem interagir no processo. Evidencia- se também uma reprodução
dos erros em gestão escolar, pois um professor com coragem para representar os
alunos, sente- se diminuído na presença do diretor, que lança o manifesto dos
estudantes no lixo, ou seja, de democrática essa escola nada possui.
REFERÊNCIAS:
quinta-feira, 21 de junho de 2018
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
“Aquisição
da linguagem com base em estudos de Jean Piaget e Lev Vygotsky”
Após a
leitura dos textos e comparando as pesquisas dos dois teóricos, é possível
compreender que os dois pesquisadores enxergam a criança como indivíduos ativos
e participantes do processo da aquisição de sua aprendizagem, construindo e
desconstruindo operações mentais necessárias para elaborar suas hipóteses de
conhecimento. A criança agindo e interagindo em seus ambientes, com os adultos
ou com os colegas vai aos poucos compreendendo o jogo do aprender. Porém
percebe –se diferenças nas bases de suas pesquisas e como cada um pensa a aquisição
do conhecimento , o desenvolvimento da linguagem e a aprendizagem por parte das
crianças.
Para Piaget é importante considerar a
maturação biológica e cada estágio do desenvolvimento mental da criança,
enquanto para Vygotsky, o determinante é a interação social. Não que, para
Piaget, não seja importante a interação do indivíduo com os fatores externos,
porém isso só será relevante para a evolução intelectual do indivíduo e
aquisição da linguagem, se os fatores internos estiverem concomitantes com a
interação, respeitando- se seus estágios de desenvolvimento. Segundo Montoya:
Basicamente o desenvolvimento da fala interior depende de fatores
externos: o desenvolvimento da lógica na criança, como os estudos de Piaget
demonstram é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento
intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento,
isto é, da linguagem. (Vygotsky, 1991 p.44, apud Montoya 2006, p.121)
O
autor então salienta, que há duas etapas nas pesquisas de Piaget, onde em uma
primeira fase, por assim dizer, admite o desenvolvimento da criança por um
´processo de socialização e sua evolução intelectual passa pela interação com o
meio. Posteriormente a essa primeira fase de suas pesquisas pode- se pensar que
Piaget centra suas teorias a partir de uma individualidade, com desenvolvimento
e maturação das estruturas mentais do indivíduo, reduzindo a importância da
interação social, colocando sua aprendizagem como um produto de esquemas
construídos pela criança, como assimilação, acomodação e processos de
equilibração, que caracterizam a evolução do pensamento infantil. A
aprendizagem para Piaget, prende-se mais a fatores individuais (endógenos) do
que a interação com os outros no meio social, que seriam necessárias, porém não
suficientes, já que essa construção intelectual depende das estruturas mentais
do indivíduo e das suas etapas.
Ao
organizar os seus estádios do desenvolvimento, Piaget coloca a aquisição do
conhecimento, pela criança, como uma construção, onde o papel do professor e da
escola é “desacomodar e desequilibrar” os esquemas construídos pelos alunos ao
longo de seus processos de crescimento intelectual e construção de hipóteses,
aliados aos processos de maturação de etapas, enquanto que, para Vygotsky, o
papel da escola deve ser o de intervenção na ZDP ( Zona de Desenvolvimento
Proximal), que é o conceito utilizado por ele para definir uma etapa, que significa
um espaço entre o que o aluno já domina e aquilo em que ainda não tem autonomia
para realizar, necessitando assim, da ajuda de um mediador para realizar. Esse
mediador pode ser o professor ou um colega que já tenha avançado em sua
aprendizagem.
REFERÊNCIAS;
MONTOYA,
Adrian Oscar Dongo. Pensamento e Linguagem: Percurso Piagetiano de
Investigação. Psicologia em Estudo, Maringá, v.11, n.1, p.119-127.jan/abr.
2006.
PPT:
A Concepção do Desenvolvimento de Lev S. Vygotsky e sua influência no Contexto
VÍDEO:
Pensamento e Linguagem
Disponível
em:
Acesso
em 07/06/18
MAPA CONCEITUAL
https://www.youtube.com/watch?v=RThwilejKw0
AS TECNOLOGIAS E A APRENDIZAGEM
No meu trabalho em sala de aula, no cotidiano, exercendo minha prática pedagógica, muitas vezes me peguei sonhando e desejando oferecer ao meu aluno algo mais do que os simples recursos de que eu dispunha no momento. Muitas vezes sonhava com o momento em que meu aluno pudesse utilizar outras ferramentas de aprendizagem que não aquelas tão simples e rotineiras, como o cderno, o livro didático e a lousa. Mas parecia que esse sonho nunca aconteceria, porque trabalho na rede estadual e essa nunca está muito preocupada com oferecer recursos didáticos que motivem os alunos em sua aprendizagem. triste isso, mas é a nossa realidade. Eu por minha vez, estava longe de ser uma pessoa que entendesse de tecnologias. O máximo que eu sabia era utilizar as redes sociais e mesmo assim com recursos bem limitados. Mas sonhava que um dia poderia aprender para ensinar melhor meus alunos. Mas hoje percebo que me tornei aprendiz e meus professores, muitas vezes são meus alunos, pois estes entendem muito mais das tecnologias do que eu. Sabem manusear os celulares dos pais desde pequenos e não raro, ensinam seus pais. Mas minha comunidade é de periferia, tem algumas limitações e não pode adquirir muitas tecnologias inovadoras, mesmo assim suas crianças tem uma facilidade imensa para aprender a utilizar os celulares e até os computadores. Isso me chama a atenção: o quanto a criança é atraída para as TICs. E penso que maravilha se pudéssemos utilizar essas ferramentas em nossas aulas. O quanto poderia motivar os alunos em sua aprendizagem porque os modelos que temos hoje já não servem para essas crianças nascidas na era digital.
Como professora, me sinto assustada com a dificuldade que temos em nos libertar da sala de aula do passado. Quanto medo temos de inovar na prática e de sair do nosso cômodo cantinho pedagógico, repleto de criatividade, porém escasso de inovações.
Muitas vezes me questiono, será que nós professores estamos interessados em realmente saber como o nosso aluno aprende? Ou será que estamos ainda preocupados em como ensinar os conteúdos necessários? Em vencer prazos? Se a aprendizagem é um processo que se constrói na interação com o meio e com o outro, quais os modelos de interação que estamos oferecendo aos nossos alunos constantemente conectados? Como os professores, gestores e alunos estão lidando com tantas informações? E finalmente como utilizar todas essas ferramentas a nosso favor para desenvolver um ambiente investigativo e instigante ao nosso aluno? São essas reflexões que hoje despertam em mim.
domingo, 8 de abril de 2018
TECNOLOGIAS
Uma reflexão sobre o uso que fazemos dos recursos tecnológicos a nossa disposição ... vale a pena refletir!
domingo, 1 de abril de 2018
CONTINHO
COELHOS DE PÁSCOA COLORIDOS
"Era uma vez uma linda sala de aula, decorada com esmero pela professora e muitas adoráveis criancinhas que escutavam atentamente a história contada pela professora, sobre Coelhinhos da Páscoa. Tudo parecia perfeito até que a professora pediu para que cada um desenhasse os personagens principais - COELHOS- e cada um desenhou mimosos coelhinhos, a sua moda e gosto. Seria perfeito se não fosse a discussão que se estabeleceu na sala: - "Professora! O D. fez o Coelho azul! Eu fiz branco, porque os coelhos da páscoa são branquinhos e de olhos vermelhos!". E outro disse: - "Não são não!Eu tenho um coelho cinza e minha mãe disse que ele é o Coelho da Páscoa!" E assim cada um desenhou e pintou seu Coelho da Páscoa como bem mandou sua imaginação e vontade! E a professora que estava ocupada a modelar e recortar orelhas branquinhas, de E.V.A, para colocar em seus alunos, resolveu guardá-las no armário. Pegou muitas folhas de E.V.A coloridas! Vermelhas, rosas, azuis, laranja, cinza e até branco!E fez muitas orelhas coloridas para contentar todos os coelhinhos criativos que tinha em sua sala." Esse texto que escrevi é sobre uma situação vivenciada na minha sala de aula do primeiro ano e que me fez pensar no texto " O MENININHO", de Helen Buckley e que nos foi dado para reflexão na Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Que Nossa Senhora das Pedagogas jamais permita a morte da imaginação em nossos menininhos e menininhas!
"Era uma vez uma linda sala de aula, decorada com esmero pela professora e muitas adoráveis criancinhas que escutavam atentamente a história contada pela professora, sobre Coelhinhos da Páscoa. Tudo parecia perfeito até que a professora pediu para que cada um desenhasse os personagens principais - COELHOS- e cada um desenhou mimosos coelhinhos, a sua moda e gosto. Seria perfeito se não fosse a discussão que se estabeleceu na sala: - "Professora! O D. fez o Coelho azul! Eu fiz branco, porque os coelhos da páscoa são branquinhos e de olhos vermelhos!". E outro disse: - "Não são não!Eu tenho um coelho cinza e minha mãe disse que ele é o Coelho da Páscoa!" E assim cada um desenhou e pintou seu Coelho da Páscoa como bem mandou sua imaginação e vontade! E a professora que estava ocupada a modelar e recortar orelhas branquinhas, de E.V.A, para colocar em seus alunos, resolveu guardá-las no armário. Pegou muitas folhas de E.V.A coloridas! Vermelhas, rosas, azuis, laranja, cinza e até branco!E fez muitas orelhas coloridas para contentar todos os coelhinhos criativos que tinha em sua sala." Esse texto que escrevi é sobre uma situação vivenciada na minha sala de aula do primeiro ano e que me fez pensar no texto " O MENININHO", de Helen Buckley e que nos foi dado para reflexão na Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Que Nossa Senhora das Pedagogas jamais permita a morte da imaginação em nossos menininhos e menininhas!
INÍCIO DE SEMESTRE- EIXO VII
BOAS VINDAS
Iniciando o semestre e as lutas continuam.
Nossos pagamentos continuam parcelados.E a vontade de seguir em frente as vezes vacila, mas a certeza de se estar no caminho certo vence.
Nessa primeira aula fomos convidados a refletir sobre o vídeo; Escolas Democráticas, o que nos trouxe muitas discussões sobre algumas palavras- chave que deveríamos retirar do vídeo. nosso grupo se deteve nas seguintes: TEMPO- TRANSMISSÃO- CONTEÚDO- REPRODUÇÃO- SILÊNCIO. Nossa reflexão voltou-se naturalmente para as palavras do professor Fernando Becker sobre a Escola ser menos Auditório e mais Laboratório.
Todas as cenas apresentadas no vídeo nos fizeram questionar as práticas pedagógicas ali presentes e o quanto se distanciavam de uma Escola verdadeiramente democrática e libertadora.
sábado, 13 de janeiro de 2018
REFLEXÃO FINAL
Considerei muito importante que a Interdisciplina Seminário Integrador nesse semestre, tenha trazido esse momento de reflexão para que pudéssemos fazer relatos de experiências com o preconceito e a discriminação, seja de que forma for, sempre passaremos por experiências como essas, seja conosco, ou em nossas salas de aula. E é muito importante trazer a tona essas experiências, debater e refletir sobre o que acontece , porque não é colocando para debaixo do tapete, ou fingindo que não estamos vendo o preconceito, que vamos construir uma sociedade mais justa e igualitária. Nós, professores, temos em nossas mãos, diariamente, a formação ética e social de muitas crianças, que poderão repetir os erros do passado ou melhorar as relações futuras, tudo depende de como vamos conduzir as relações dentro de nosso espaço escolar. Sabemos das dificuldades que todos os educadores passam, principalmente para educar e transformar uma realidade social que muitas vezes, nem as próprias famílias querem mudar. As crianças em nossas salas reproduzem sim um modelo de sociedade, da qual são oriundas, mas cada um deles, embora tenha chegado até ali, com suas ideias e estereótipos, tudo que ela vai vivenciar, as interações e influências que receberá do grupo e do professor, com certeza a farão construir relações mais éticas e conscientes. A escola é um espaço onde muitas culturas interagem e influenciam-se mutuamente, basta que as coloquemos no planejamento pedagógico e deixemos claro aos alunos que somos o resultado de muitas etnias, culturas,religiões e padrões sociais. Mas que o respeito às diferenças e a amorosidade nos permitirão compreender nossa pluralidade. A importância de podermos debater e refletir sobre isso, nos colocando como atores, certamente trará para a nossa prática pedagógica a curiosidade e o desejo de aprender cada vez mais, para melhor transformar as nossas relações como sujeitos da Educação.
domingo, 7 de janeiro de 2018
SÍNTESE DE TEXTOS E VÍDEOS
MINHA SÍNTESE SOBRE OS TEXTOS E VÍDEOS APRESENTADOS NA
INTERDISCIPLINA
SÍNTESE DO TEXTO: “Epistemologia Genética ” de Tania B. I. Marques
Nesse texto, a autora, esclarece a cerca das teorias do biólogo suíço, Jean Piaget (1896 –
1980), criador da Epistemologia Genética, onde nos leva a compreender as
teorias e pesquisas desse autor sobre o
desnvolvimento do conhecimento humano e como as crianças aprendem.
A autora explica sobre os termos epistemologia e genética,
dando- nos a conhecer seus reais conceitos e significados, o que é essencial
para venhamos a compreender as teorias piagetianas e sua aplicabilidade na
educação, bem como sobre o interacionismo. Ela também nos esclarece sobre o
Método Clínico, desenvolvido por Piaget, através de suas inúmeras pesquisas e
observações, tendo como inspiração a Psiquiatria, que “segue o pensamento do
sujeito para conhecer sua forma de pensar”. Explica no que consiste o Método e
alguns conceitos importantes a ele relacionados, como: Abstração Empírica /
Abstração Reflexionante; Assimilação / acomodação/ adaptação; Equilibração;
Estrutura e esquema. Ela define como se dá a construção do conhecimento, para
Piaget e explica sobre os estádios pelos quais passa o desenvolvimento
cognitivo do ser humano ( sensório- motor; Pré- operatório; operatório-
concreto; operatório- formal), concluindo que as idades definidas para cada
estádio são apenas uma média e o que pode enquadrar o indivíduo em cada etapa
são características de seu pensamento,
de acordo com os raciocínios desse período determinado e que aos professores é
importante ter conhecimento sobre esses processos a fim de auxiliar
efetivamente nas aprendizagens, proporcionando as interações necessárias para
que os alunos avancem em seus conhecimentos.
SÍNTESE DO TEXTO; “Desenvolvimento e Aprendizagem” de Jean
Piaget
Em seu texto, Jean Piaget esclarece a diferença entre o
problema do desenvolvimento e o problema da aprendizagem, definindo e
conceituando cada um deles, rememorando os estágios de desenvolvimento das
estruturas operatórias, distinguindo quatro grandes estágios: o sensório-
motor; a representação pré- operatória; operações concretas; operações formais ou hipotético- dedutivos,
esclarecendo os fatores que agem para esse desenvolvimento, como a maturação, a
experiência, a transmissão social e equilibração ou autorregulação, explicando
cada um desses fatores, bem como as pesquisas realizadas, observando cada um e
os estágios correspondentes.
SÍNTESE DO TEXTO: “ O Construtivismo e sua função
educacional” de Lino de Macedo.
O autor explica, que o texto tem como objetivo, caracterizar
o construtivismo enfatizando a função educacional do mesmo. Para atingir seu
objetivo, o autor o contrasta com a visão não- construtivista, dando sua visão
e opinião conforme lhe foi conseguido assimilar das obras de Jean Piaget. Ele
guia- se pelas questões: “O que é Construtivismo?” “Como e por que ser construtivista?”
Lino de Macedo coloca
que pela via não-construtivista temos salas de aula, com a reprodução das
cartilhas, das famílias silábicas, com as cópias de palavras sem sentido, descontextualizadas do universo
da criança, onde o objetivo é transmitir um conhecimento que se conclui que o
aluno não tem. O autor então cita como o Método Clín ico é incompreendido
porque ele não deve ser visto como uma ação induzida, o que faz parte de uma
visão não- construtivista, mas sim como uma ação desencadeadora, capaz de levar
a criança a construir e desconstruir hipóteses, mostrando o patrimõnio da
criança. Então, o autor nos leva a concluir que construtivismo e não-
construtivismo não são antagônicos, mas sim complementares, tendo cada um sua
forma de produção de conhecimento e cabe ao professor operar em benefício da
criança, diferenciando-os e integrando-os quando necessário.
VÍDEO: “Introdução à Psicologia do desenvolvimento” com Yves
de La Taille
O vídeo explica o que é objeto de estudo da psicologia do
desenvolvimento, trazendo três ícones dessas pesquisas: Piaget, Vygotsky e
Wallon, porém enfatizando as pesquisas de Jean Piaget, explicando sobre a
embriologia, a construção do cérebro humano e no que Piaget destacava como
embriologia mental e sua influência no desenvolvimento do pensamento e das
funções cognitivas, mostrando a importância de se observar as etapas do
desenvolvimento. Enquanto que para Vygotsky as estruturas operatórias se
desenvolviam na interação com a cultura, para Piaget a interação com o meio,
desde sua origem, é que proporciona ao indivíduo, a capacidade de desenvolver a
aprendizagem.
VÍDEO: “Aprendizagem e Conhecimento Escolar” com Fernando
Becker
Nesse vídeo, o professor Fernando Becker faz uma análise dos
dois textos de Jean Piaget: Aprendizagem
e Conhecimento”, de 1959 e “Desenvolvimento da Aprendizagem”, de 1967, onde o
autor desenvolveu suas pesquisas baseando- se no interacionismo, na ação da
criança sobre o objeto e o meio. Nessa ação, a ação a criança transforma,
constrói e desconstrói caminhos e hipóteses e nos chama a atenção para o
brincar espontâneo da criança e quanta riqueza de observações isso pode nos
trazer, na compreensão da aprendizagem da criança. Explica o prqu~e do termo
estádio, que significa “um tempo onde acontecem coisas importantes”, diferente
do conceito de estágio.
VÍDEO: Jean Piaget:
“Aprendizagem e Conhecimento escolar” com José Antonio Castorina
O professor José Antonio Castorina, em seu vídeo, reflete,
fazendo uma análise das relações na sala de aula, em que entram em conflito,
muitas vezes, as representações sociais, os saberes individuais e o
conhecimento escolar, o quanto é óbvia essa relação entre a psicologia e a educação, analisando a
Didática, a sua forma de transmitir conhecimento, se transformando em uma
disciplina que analisa a produção do conhecimento, como ele se constrói em
classe e se é incentivadora da transformação cognitiva dos alunos.
VÍDEO: FERNANDO BECKER TED X UNISINOS APRESENTAÇÃO
Explica a diferença do que o professor considera o
laboratório e o auditório. Dois ambientes com propósitos diferentes, no
laboratório, se investiga, observa, interage e questiona. No auditório, se é
passivo, se assiste a um espetáculo apresentado por alguém. O laboratório e o
auditório podem ser modelos para nós professores. O que guia nossa atuação como
professor. O professor então coloca que no laboratório, temos um espaço onde é
permitido formular hipóteses, exercer a criatividade e a intuição, proporcionar
a experimentação e os questionamentos que são naturais no ambiente que desperta
a curiosidade. E o auditório, como um palco onde se transmite saberes.
VÍDEO: “Escola- mais laboratório e menos auditório” Fernando
Becker/ TED X UNISINOS
O professor nos
convida a refletir sobre as ações que se desenvolvem hoje na escola, copiar,
assistir e assimilar, nos ensinando a necessidade de transformarmos nossas
aulas para ações dinâmicas, como por exemplo dar espaço para a curiosidade,
para os questionamentos, tornando um espaço de investigações, de descobertas,
onde pode interagir, indagar, transformar e efetivamente aprender.
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